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O Que (Quem) São os Arianos




O Que (Quem) São Arianos

Ãrya (Arianos) do sânscrito आर्य é o termo usado para referir-se à região da Ária assim como o seu povo, os arianos.

Os arianos (Latim: Arianus) são os nativos de Ariana (Arīa ou Ariāna) que é a área que compreende o noroeste da atual Índia, Afeganistão, Irã e Paquistão, sendo eles os indo-iranianos, indo-europeus, proto-indo-europeus e proto-indo-iranianos. Em 1601, Filemon Holland usou o termo "Arianes" em sua tradução do latim de "Arianus" para designar os habitantes de Ariana.

A região da Ária, designada por Arīa ou Ariāna em latim, corresponderia à parte ocidental da Pérsia ou da Ásia, e deve o seu nome à adaptação dos termos gregos Areía ou Aría que, por sua vez, remontam ao persas ariya- ou ao avéstico airya. A forma Aryāna-, do persa antigo aparece depois em avéstico como Æryānam Väejāh ("Território dos arianos"); em Persa médio como Ērān, e no Persa Moderno como Īrān, que deu origem, em português, a Irã ou Irão. De modo semelhante, a Índia do Norte (setentrional) já foi designada em tempos antigos pelo vocábulo composto (tatpurusa) Aryavarta "Residência dos Arianos".

Na literatura védica antiga, o termo Āryāvarta era o nome dado ao norte da Índia, onde a cultura indo-ariana foi desenvolvida. O Manusmṛti (2.22) dá o nome de Āryāvarta ao "intervalo entre as cordilheiras do Himalaia e Vindhya, do leste (Baía de Bengala) ao Mar Ocidental (Mar da Arábia)".

Āryāvarta do sânscrito आर्यावर्त significa "Morada dos Arianos". Esse termo denota a totalidade do subcontinente indiano em alguns textos hindus clássicos em sânscrito, como por Patanjali e o autores de Dharmashastras. Estes textos também nomeiam outras partes do subcontinente indiano como Brahmavarta, Madhyadesha, Panchala e outros, sem limites claros nem detalhes sobre quem viveu nelas. A palavra Ārya significa nobre.

A extensão aproximada do período védico. Āryāvarta é destacada em amarelo pálido.

Os fundaram a civilização indiana dando origem ao sistema de castas e, mais especificamente, às castas dominantes dos Brâmanes, xátrias e vaixás. A sua cultura teria ficado particularmente expressa nos Vedas e, principalmente, no Rig Veda, considerado como o mais antigo.

Imagem de satélite do planalto iraniano, onde os arianos ter-se-iam estabelecido desde o final do terceiro milênio antes de Cristo.

O termo "ariano" refere-se, também, na história das línguas, ao proto-ariano, que teria sido o ramo linguístico comum aos antepassados dos povos indo-áricos e iranianos e aos dois grandes sub-ramos linguísticos a que terá dado origem, ou seja, às línguas indo-áricas e às línguas iranianas. Estes dois sub-ramos são árico ou indo-iraniano. Pode ainda referir-se, especificamente, aos grupos linguísticos atualmente conhecidos como proto-indo-europeu, proto-indo-iraniano e indo-iraniano. É também termo para designar todas as línguas indo-europeias.

O termo Ariano é usado por nacionalistas indianos e nacionalistas iranianos para se referirem a si mesmos. Também, ainda nos dias de hoje, os armênios auto-designam-se como Aryaee, ou Arianos (com conotação racial).

O termo ariano era já utilizado na língua portuguesa, em 1601, para se referir ao grupo étnico. Em 1794, já se encontram documentos onde a palavra tem uma acepção valorativa, referindo-se a "nobres". Em 1847, já era usado no âmbito da linguística, identificando-se com o indo-europeu.

Significados

Ariano (termo avéstico e antigo termo persa Ariya-) significa "nobre", "excelente" e "honroso".

Nas línguas iranianas, o auto-identificador original vive em nomes étnicos como "Alans" e " Iron". Da mesma forma, o nome do Irã é a palavra persa para "terra dos arianos".

Em sânscrito e línguas índicas relacionadas, ārya significa "alguém que faz nobres ações; um nobre". Āryāvarta "morada dos arianos" é um nome comum para o norte da Índia em literatura sânscrita. Manusmṛti (2.22) dá o nome ao "trato entre as cordilheiras do Himalaia e Vindhya, do Mar Oriental ao Mar Ocidental".

Ao contrário dos vários significados relacionados com ārya- no antigo indo-ariano, o termo persa antigo só tem um significado étnico. Isso está em contraste com o uso indiano, no qual vários significados secundários evoluíram, o significado de ar- como um auto-identificador é preservado no uso iraniano, daí a palavra "Irã". Airya significa "iraniano" e "anairya" iraniano significa "não-iraniano". Irã significa "terra dos arianos", e está em uso desde os tempos de Sassanid.

O nome "Irān" ("Terra dos Arianos") é a nova continuação persa do antigo genitivo plural aryānām (proto-iraniano, que significa "dos arianos").

Mulheres Iranianas Arianas.

A palavra persa moderna Īrān ( ایران ) deriva imediatamente do persa médio Ērān (pronunciação de Pahlavi : ʼyrʼn ), primeiro atestada em uma inscrição que acompanha a investidura do primeiro rei sassânida Ardashir I em Naqsh-e Rustam.

Ariana

O termo grego Arianē (latim: Ariana) é baseado em Ariano, um termo encontrado no iraniano Avestan Airiiana- (especialmente em Airyanem Vaejah, o nome da pátria dos povos iranianos). O nome moderno Irã representa uma forma diferente do nome antigo Ariana que derivou de Airyanem Vaejah e implica que o Irã é a própria Ariana - uma palavra de origem sânscrita encontrada no Antigo Persa - isso é confirmado pelas tradições do país preservadas do nono e décimo séculos. Os gregos também se referiram a Haroyum/Haraiva (Herat) como "Aria", considerada a "Pérola de Ariana", que é uma das muitas províncias encontradas em Ariana. A região circundante de Herat (no Afeganistão e no Irã Oriental) é a verdadeira pátria do povo ariano, razão pela qual o Afeganistão dos dias de hoje era referenciado como Ariana na Antiguidade, e ainda hoje é usado em graus variados.

Airyanem Vaejah (Nome da Pátria dos Povos Iranianos) Mapa.

Os nomes Ariana e Aria, e muitos outros títulos antigos dos quais Aria é um elemento componente, estão relacionados com o termo sânscrito ariano, o termo avéstico Airya-, e o antigo termo persa Ariya-, uma auto designação dos povos da antiga Índia e o antigo Irã.

Definição de Ariana per Eratosthenes (reconstrução do mapa do mundo do século XIX por Eratóstenes, c.194 aC).

Ariana (forma latinizada do grego: 'Αρειανή, transl. Arianē), era uma região que abrangia os países do leste da antiga Pérsia, próximos ao subcontinente indiano, território que atualmente é ocupado pelo Irã, Afeganistão e o noroeste do Paquistão. Por diversas vezes a região esteve dominada pelos persas, macedônios e, em parte, pelos povos da Ásia Meridional. Seus limites exatos foram descritos com pouca precisão nas fontes clássicas, e parece ter sido confundida (como, por exemplo, por Plínio, o Velho, em sua Naturalis Historia com a pequena província de Ária.

Como um termo geográfico, o nome Ariana foi introduzido por Eratóstenes, que definiu suas fronteiras como o rio Indo, a leste, o oceano, a sul, uma linha que avançava da Carmânia ao mar Cáspio, a oeste, e os chamados Montes Tauro ao norte. Esta grande região incluía todos os países a leste da Média e Pérsia e ao sul das grandes cadeiras de montanha até os desertos de Gedrósia e Carmânia (ou seja, as províncias de Carmânia, Gedrósia, Drangiana, Aracósia, Ária e as Paropassâmides; a Báctria também era incluída em Ariana, chegando a ser chamada de "adorno de toda a Ariana" por Apolodoro de Artemita. Após ter descrito as fronteiras de Ariana, Estrabão escreveu que seu nome, Αρειανή, também podia ser aplicado a parte do território habitado pelos persas e medos, bem como, a norte, pelos báctrios e sogdianos. Uma descrição detalhada da região pode ser encontrada na Geografia, de Estrabão.

De acordo com a definição de Eratóstenes, as fronteiras de Ariana eram definidas pelo rio Indo, a leste, o mar, ao sul, uma linha que vai de Carmania até as portas do mar Cáspio, a oeste, e as chamadas Montanhas Taurus, ao norte. Esta grande região incluía quase todos os países a leste da Media e da antiga Pérsia , incluindo o sul das grandes cadeias de montanhas até os desertos de Gedrosia e Carmania, conhecida como as províncias de Carmania, Gedrosia, Drangiana, Arachosia, Aria, Paropamisadae; também Bactriafoi contada para Ariana e foi chamada "o ornamento de Ariana como um todo" por Apolodoro de Artemita.

Depois de ter descrito os limites de Ariana, Estrabão escreve que o nome Αρειανή também poderia ser estendido a parte dos persas e dos medos e também aos norte-americanos bactrianos e os sogdianos. Uma descrição detalhada do que a região encontra-se no Estrabão Geographica, Livro XV - "Persia, Ariana, o subcontinente indiano", capítulo 2, secções 1-9.

Tendo considerado estas várias fontes, Ariana inclui Afeganistão (Bactria, Arachosia, Aria, Drangiana e Paropamisadae), leste e sudeste do Irã (Carmania e Gedrosia), a maior parte do Tadjiquistão (Sogdiana) , a maioria do Turcomenistão (Margiana), sul do Uzbequistão (partes de Sogdiana) e estendendo-se para o rio Indo no Paquistão (Paropâmiso).

Irã

O atual Irã (República Islâmica do Irã), país localizado na Ásia Ocidental, foi a antiga Pérsia. Ele tem fronteiras a norte com Armênia, Azerbaijão e Turquemenistão e com o Cazaquistão e a Rússia através do Mar Cáspio; a leste com Afeganistão e Paquistão; ao sul com o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã; a oeste com o Iraque; e a noroeste com a Turquia.

O país é o lar de uma das civilizações mais antigas do mundo, que começa com a formação do reino de Elam em 2 800 a.C. Os povos iranianos Medos unificaram o país no primeiro de muitos impérios que se iriam seguir em 625 a.C., após a nação se tornar o principal poder cultural e político dominante na região. O Irã atingiu o auge de seu poder durante o Império Aquemênida, fundado por Ciro, o Grande em 550 a.C. e que, na sua maior extensão, compunha grandes porções do mundo antigo, que se estendiam do vale do Indo, no leste, à Trácia e Macedônia, na fronteira nordeste da Grécia, tornando-se num dos maiores impérios que o mundo já vira. Os Aquemênidas entraram em colapso em 330 a.C. após as conquistas de Alexandre, o Grande, mas o país alcançou uma nova era de prosperidade após o estabelecimento do Império Sassânida em 224 d.C., sob o qual o Irã se tornou uma das principais potências da Europa Oriental e da Ásia Central nos quatro séculos seguintes.

Em 633, árabes muçulmanos invadiram o Irã e conquistaram-no por volta 651. O surgimento em 1501 do Império Safávida promoveu o xiismo duodecimano islâmico como a religião oficial e marcou um dos divisores de águas mais importantes da história iraniana e muçulmana. A Revolução Constitucional Persa de 1906 estabeleceu o primeiro parlamento da nação, que operava dentro sistema político de monarquia constitucional. Em 1953, o Irã tornou-se gradualmente autocrático. A crescente oposição contra a influência estrangeira e a repressão política culminou com a Revolução Iraniana, que acabou por criar uma república islâmica em 1º de abril de 1979.


História do Irã

A história escrita da Pérsia começa em cerca de 3.200 a.C. com a chegada dos arianos e a formação dos sucessivos Impérios Medo e Aquemênida.

Por volta de 1.500 a.C. fixaram-se no planalto iraniano vários tribos arianas, das quais se destacavam os Medos e os Persas. Os primeiros fixaram-se no noroeste onde fundaram um reino; os Persas estabeleceram-se no sudoeste. Os Medos foram submetidos pelos Citas em 653 a.C., mas conseguiram libertar-se e alargaram a sua influência aos Persas. Em 555 a.C. Ciro, rei da Pérsia, iniciou uma revolta contra Astíages, rei dos Medos, vencendo-o e reunindo sob sua soberania a Pérsia e Média. Ciro, primeiro rei aqueménida, iniciou uma política expansionista, que seria continuada pelos seus sucessores, Cambises II e Dario I. Em resultado destas conquistas o Império Aqueménida compreendia uma vasta área que ia do Vale do Indo ao Mar Negro, incluindo a Palestina e o Egito.

Alexandre, o Grande conquistou a Pérsia em 331 a.C. acrescentado-a ao seu império. Após a sua morte o seu império seria dividido entre os seus generais. Um destes generais, Seleuco, ficaria com a Babilônia e a Pérsia, dando início ao reino selêucida. A partir de 250 a.C. o domínio selêucida começou a ser rejeitado na parte oriental do Irã, onde nasce o reino dos Partos Arsácidas.

O Império Arsácida era menor que o aquemênida, estendendo-se do atual Afeganistão ao Eufrates, controlando as rotas comerciais entre a Índia e o Ocidente. Os Partos terão como inimigos a ocidente o Império Romano, que tentaria em vão conquistar o seu território. Em 224 a.C. a dinastia arsácida foi derrubada por Ardashir I, um rei vassalo que fundou a dinastia sassânida.

Dominação do Irã Pelos Árabes Muçulmanos

Os árabes muçulmanos invadiram e conquistaram o Irã entre 641 a 651. Eles a integraram como província primeiro do califado omíada e a partir de 750 a.C. do califado abássida. Posteriormente o zoroastrismo, religião local, foi substituída pelo islamismo.

Entre 1501 e 1736 a Pérsia foi dominada pelos Safávidas. O fundador desta dinastia, Ismail I, era filho de Safi ad Din, chefe de uma ordem sufista, que se apresentava como descendente do sétimo imã, Musa al Kazim.

Em 1501 Ismail I tomou Tabriz, a qual fez a sua nova capital, e tomou o título de xá. Os Safávidas proclamaram o islã xiita como a religião estatal e através do proselitismo e da força converteram a população a esta doutrina religiosa.

Durante o reinado de Fath Ali Xá o Irã foi derrotado em duas guerras com a Rússia, que tiveram como consequências a perda da Geórgia, do Daguestão, de Bacu e da Arménia caucasiana. A modernização do Irã iniciou-se no reinado de Nasser al-Din Xá, durante o qual se procura lutar contra a corrupção na administração, assistindo-se à fundação de escolas, abertura de estradas e à introdução do telégrafo e do sistema postal. A aspiração por modernizar o país levou à revolução constitucional persa de 1905-1921 e à derrubada da dinastia Qadjar, subindo ao poder Reza Pahlavi.

Em 1979, a chegada do Aiatolá Khomeini, após 14 anos no exílio, dá início à Revolução Iraniana - apoiada na sua fase inicial pela maioria da população e por diferentes facções ideológicas - provocando a fuga do Xá e a instalação do Aiatolá Ruhollah Khomeini como chefe máximo do país. Estabeleceu-se uma república islâmica, com leis conservadoras inspiradas no Islamismo e com o controle político nas mãos do clero.

Antes da chegada do islamismo ao Irã no século VII, a maioria da população era zoroastriana, religião que era o culto oficial do Império Sassânida.

Irã a Antiga Pérsia

Pérsia (em latim: Persia; em em grego clássico: Περσίς; transliterado: Persís) é o nome metonímico² pelo qual os gregos da Antiguidade designavam o território governado pelos reis aquemênidas, cuja dinastia (c. 550–330 a.C.) marcou o apogeu do império, que, graças às conquistas territoriais empreendidas por Dario I e Xerxes I, tornara-se o maior império do mundo conhecido.

O país sempre fora chamado "Irã" pelo seu povo, embora, durante séculos, tivesse sido referido pelos europeus como "Pérsia" (de Pars ou Fars, província no sul do Irã), por influência dos escritos dos historiadores gregos. Mais tarde, em 1959, ambos os nomes passaram a ser admitidos oficialmente pelo governo iraniano, embora a denominação "Irã" tenha se tornado a mais usual no Ocidente a partir de 1935.

Pelo menos desde 600 a.C., o termo "Persis" era usado pelos gregos para referirem-se ao Irã. Persis provém do persa "Pars" ou "Parsa" – nome do clã principal de Ciro e que também deu o nome da região onde habitavam os persas (correspondente, hoje, à moderna província iraniana de Fars). O latim emprestou o termo do grego, transformando-o em Persia, forma adotada pelas diversas línguas europeias.

O povo iraniano, para se referir ao próprio país, usava desde o período sassânida, o termo "Iran", que significa “terra dos arianos”, derivado de Aryanam, forma encontrada em textos persas antigos. No período aquemênida, os persas usavam o termo "Parsa".

O termo "Pérsia" foi usada pelos estrangeiros para se referirem ao Irã, mas essa denominação só foi usada até 1934, quando Reza Pálavi, por decreto firmado em 31 de dezembro daquele ano, substitui o nome "Pérsia" por Irã.

Atualmente, o termo Pérsia costuma ser reservado ao Império Persa, que foi fundado por um grupo étnico (os persas) a partir da cidade de Ansam, situada na atual província iraniana de Fars. O império foi governado por dinastias sucessivas (persas ou não), que controlavam o planalto Iraniano e os territórios adjacentes.


Em 1935, o xá Reza Pahlavi solicitou formalmente que a comunidade internacional passasse a empregar o nome nativo do país, Iran (Irã ou Irão). Em 1959, o xá Mohammad Reza Pahlavi anunciou que tanto Pérsia como Irã eram formas corretas de referir-se ao seu país.

Indo-Iraniano

A designação de indo-iranianos referi-se aos dois principais ramos étnicos e linguísticos os Indo-arianos e aos Iranianos.

A cultura proto-indo-iraniana teria iniciado em cerca de 2.500 a.C. Os complexos arqueológicos de Andronovo e de Srubnaya foram povoados por Indo-iranianos. A Teoria da Urheimat Indiana e a Teoria Nórdica têm também sugerido a Índia e o Norte da Europa como local de origem (Urheimat¹) desta cultura.

A língua proto-indo-iraniana evoluiu dando origem às línguas indo-iranianas, das quais as mais antigas são o sânscrito védico, o avéstico e outra língua indo-iraniana que se conhece apenas devido a vestígios vocabulares no dialecto Mitanni.

Indo-Arianos
Os povos Indo-arianos ou Indo-áricos são constituídos por uma vasta diversidade de etnias que compartilham entre si o ramo "Índico" das Línguas indo-iranianas, constituído pelas Línguas indo-arianas. Existe, atualmente, cerca de um bilhão de falantes destas línguas, sendo a maior parte originária da Ásia meridional, ainda que em tempos recuados se pudessem encontrar na parte oriental do planalto iraniano, no Afeganistão e em áreas tão a oeste como a atual Síria ou o Iraque (o Mitani) e tão a leste quanto o atual Camboja e Vietnã (reinos do Khmer Hindu e Champa).


Os Vedas, e mais especificamente o Rig Veda, o mais antigo, permanecem como o principal testemunho da cultura indo-ariana.

Os indo-arianos na Bactriana, a sudeste do atual Uzbequistão e a norte do Afeganistão, Foram os responsáveis pela chamada "Civilização do Oxo" ou "Civilização Bactro-Margiana", na idade datada de 2.200 a.C. à 1.700 a.C. A partir daqui, ter-se-iam desenvolvido à cultura védica. Na Índia Antiga o termo Aryavarta, que significa "residência dos Arianos", era usado para se referir ao norte do subcontinente. A língua védica evoluiu, posteriormente, para o sânscrito que deu origem a todas as línguas indo-europeias faladas na Índia.

Há indícios da existência de falantes de indo-árico (ou indo-ariano) na Mesopotâmia por volta do ano 1.500 a.C., através de palavras presentes no dialecto Mitanni, na região ocupada pelos Hurritas. Especula-se que este povo possa ter sido dirigido por uma classe dominante indo-árica, formando o reino de Mitanni. Estudos arqueológicos desvelaram uma grande quantidade de nomes próprios védicos e, em particular, nomes de divindades. Deuses como Varuna ou Indra não fazem parte do panteão original da região, pelo que se crê que o período védico se tenha originado fora da Índia.

Alguns indianos (mais especificamente os do Sul) rejeitam a ideia de que a língua e cultura que alegam ser sua tenham tido origem fora do subcontinente (Teoria da invasão ariana), ignorando o parentesco entre o sânscrito e as outras línguas indo-europeias e tudo o que os estudos indo-europeus e a arqueologia parecem indicar.

Os falantes contemporâneos das línguas indo-áricas distribuem-se essencialmente pela parte setentrional (norte) da península indiana. Fora desta região, há por exemplo o romani, falado pelo povo rom, vulgarmente designado de "cigano", além do parya, no Tajiquistão, o Jataki na Ucrânia e o domari no Médio Oriente.

O termo "ariano" é um nome próprio masculino vulgar na atual Índia (veja-se, por exemplo, no filme de Abhishek Kapoor, "Ariano"). De igual forma, o sobrenome Arya é muito valorizado entre a comunidade Arora - além de entrar na composição de alguns nomes indianos, como "Kartikarya" ou "Aryabhatta".

Iranianos

O Irã já foi chamado na Antiguidade de Ērān shahr (pronuncia-se como Aryānam xshathra) que significa "Reino dos Arianos" - e foi sempre o território exclusivo dos falantes de línguas iranianas. Até o fim do primeiro milênio a.C. Heródoto no século V a.C. se refere no seu Livro VII aos Arianos como habitantes da região de Herate, no Afeganistão, além de os relacionar com os Medos.

Um colar de suástica dourado iraniano de 3000 anos, encontrado em Rasht, Irã. Preservado no Museu Nacional do Irã.

A cultura de Andronovo distendeu-se por toda a área do Cazaquistão até à Sibéria meridional durante o segundo milênio a.C. Vários especialistas consideram que os Iranianos nômadas, como os Citas, eram seus herdeiros. O material arqueológico encontrado em Toulkhar combina influências da antiga cultura bactro-margiana e da cultura de Andronovo. Os punhais, por exemplo, têm características muito semelhantes aos de Andronovo. Os homens de Toulkhar ter-se-iam dedicado à pastorícia.

Uso da palavra "ariano" pelos iranianos

Desde a antiguidade que os Persas usam o termo Ariano com sentido racial e étnico para descrever a sua linhagem e a sua língua. Tal tradição tem persistido até à atualidade entre a generalidade dos Povos Iranianos.

Dario I o Grande.

Dario, o Grande, rei do Império Aquemênida de 521 a.C. à 486 a.C., proclamou em uma inscrição encontrada em Naqsh-e Rustam (perto de Xiraz no atual Irã): "Eu sou Dario, o Grande Rei… Um Persa, filho de um Persa, um Ariano de linhagem Ariana.". O documento refere-se ainda à Língua Ariana que corresponderia ao que hoje designamos como Persa Antigo.

Irã, Terra dos Arianos.

A palavra ariano foi adotada, entretanto, como conceito religioso no zoroastrismo, ainda que tenha mantido sempre a sua significação étnica entre os Iranianos. Em 1967, a dinastia Pahlavi (destronada em 1979 pela Revolução Iraniana) juntou o título Āryāmehr "Luz dos Arianos" aos já envergados pelo monarca, conhecido nessa altura pelo epíteto de xá (Rei dos Reis). A companhia aérea nacional afegã designa-se Ariana Airlines, referindo-se à Airyanem Vaejah, ou seja, a terra dos arianos.

O termo permanece, ainda, como elemento frequente nos nomes pessoais persas, incluindo Aryan e Arya (respectivamente, para homem e mulher), Aryana (um sobrenome comum), Dokhtareh-Ironi (filha de Ariano), Aryanzai (filho de Ariano - em Pashto), Aryanpour (ou Aryanpur, sobrenome), Aryamane, Ary, entre outros. Os termos "Ariano" e "Iraniano" são, por vezes considerados sinônimos, como no caso do Banco Iraniano Aryan Bank.

Indo-Europeus


Mapa do Meyers Konversationslexikon (1890), onde os Arianos Europeus e Indo-arianos são apresentados juntamente com os Semitas e os Hamitas, formando a raça caucasiana.

No final do século XVIII (1788), linguistas como William Jones relacionavam e comparavam o sânscrito, falado pelos indo-arianos, com línguas como o latim ou o grego, descrevendo-o como uma língua de características perfeitas. Foi porém Friedrich Schlegel, que desenvolveu a tese que identificava o sânscrito com a língua mãe das línguas que viriam a ser conhecidas como indo-europeias. O termo indo-europeu apareceu pela primeira vez num artigo de Thomas Young, na Quarterly Review, em 1813 e foi igualmente utilizado por Johann Gottlieb Rhode em 1820. James Cowles Prichard e Franz Bopp também já tinham sugerido a designação de indo-germânicos em 1831 e 1833, respectivamente, quando o orientalista Max Müller, em 1860, decidiu utilizar o termo arianos para designar a família etno-linguística que teria dado origem aos Indianos, Persas, Gregos, Romanos, Celtas, Germânicos e Eslavos.

O termo arya serve como auto-designação dos Proto-indo-europeus, que eram também, frequentemente referidos na época como "primitivos arianos".

A semelhança com Éire e Eriu, nome usado em Gaélico Irlandês para designar a própria Irlanda, tem origem no termo Ārya. Houve descoberta de uma ligação etimológica entre o nome dos deuses Aryaman e Airyaman, respectivamente da Índia e do Irã e dos deuses Eremon e Irmin, da Irlanda e da Alemanha, tomando em conta a existência do deus indo-europeu Aryomen.

Como São os Arianos
A Antropologia descreve os arianos (indo-europeus) como de raça branca, braquicéfalos e de estatura elevada. São ainda descritos como um povo patriarcal, organizado em clãs sob a autoridade do pater familias. Outras características são-lhes atribuídas como a divinização da vaca e a cremação dos mortos. Conhecedores do uso do ouro e do bronze, praticavam a tecelagem e há, ainda, fontes que lhes atribuem a invenção do tijolo.


Os Proto-indo-europeus, que constituíam, por definição, o povo utilizador da língua mãe da família indo-europeia, eram, certamente, europoides.

Alguns autores identificaram, de um ponto de vista bíblico, os arianos com os descendentes de Jafé. Há uma tradição que designa os arianos como "filhos de Chemsid", personagem que os teria dividido em quatro castas: os "Catures" (sacerdotes), os "Asgares" (guerreiros), "Sebaisas" (agricultores) e "Anuqueques" (artesãos).

Raça Ariana

A raça ariana é um termo descrever pessoas de herança europeia e ocidental da Ásia. Deriva da ideia de que os falantes originais das línguas indo-europeias e seus descendentes até os dias atuais constituem uma raça distinta ou sub-raça da putativa raça caucasiana.

Seu cognato em sânscrito é a palavra ārya (Devanāgarī: आर्य), em origem uma auto-designação étnica, em sânscrito clássico que significa "honroso, respeitável, nobre". O antigo persa cognato ariya- (antigo cuneiforme persa: 𐎠𐎼𐎡𐎹) é o ancestral do nome moderno do Irã e etnônimo para o povo iraniano.

No século XVIII, as línguas indo-europeias mais antigas conhecidas eram as dos antigos indo-iranianos. A palavra ariano foi então adotada para se referir não apenas aos povos indo-iranianos, mas também aos falantes indo-europeus nativos como um todo, incluindo os romanos, gregos e alemães. Logo se reconheceu que os bálticos, celtas e eslavos também pertenciam ao mesmo grupo. Argumentou-se que todas essas línguas se originaram de uma raiz comum - agora conhecida como proto-indo-europeia - falada por um povo antigo que era considerado ancestral da Europa, iranianos e indo-arianos.

A 4ª edição do Meyers Konversationslexikon ( Leipzig, 1885-1890 ) mostra a raça caucasiana (em vários tons de azul esverdeado acinzentado) como compreendendo arianos, semitas e hamitas. Os arianos são ainda subdivididos em arianos europeus e indo-arianos (o termo "indo-arianos" foi então usado para descrever aqueles agora chamados indo-iranianos).

O termo raça ariana é aplicado a todos os povos descendentes dos proto-indo-europeus - um subgrupo da raça europeia caucasiana, além dos indo-iranianos. Este uso foi considerado para incluir os habitantes mais modernos da Australásia, o Cáucaso, Ásia Central, Europa, América, Sibéria, Sul da Ásia, África Austral e Ásia Ocidental. Acredita-se que os arianos se originam das estepes da Eurásia do sudoeste (atual Rússia e Ucrânia).

Hans FK Günther identificou a raça europeia como tendo cinco raças de subtipo: nórdico, mediterrâneo, dinárico, alpino e leste do Báltico.

Günther distinguiu os arianos dos judeus e identificou os judeus como descendentes de raças não-europeias, ele classificou-os como uma raça quase asiática (Vorderasiatische) mais comumente conhecida como a raça Armenoid.

Línguas indo-europeias
  • Albanês
  • Anatólio
  • Armênio
  • Báltico
  • Céltico
  • Dácio
  • Germânico
  • Grego
  • Ilírico
  • Indo-iraniano
  • Itálico
  • Frígio
  • Eslavo
  • Trácio
  • Tocariano


Povos indo-europeus
  • Albaneses
  • Anatólios
  • Armênios
  • Bálticos
  • Celtas
  • Germanos
  • Gregos
  • Ilírios
  • Indo-arianos
  • Indo-iranianos
  • Iranianos
  • Ítalos
  • Eslavos
  • Trácios
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¹ Tradicionalmente, usa-se o termo Urheimat para designar a região de onde proviriam os povos que dispersaram as línguas de uma família linguística. Ur- é um prefixo alemão que significa “anterior, primitivo, ancestral”: Großvater “avô” Urgroßvater “bisavô” Fassung "versão (de um livro, p.ex.)” Urfassung “original”. Urheimat é bastante utilizado na literatura, e não só em alemão.

² Metonímia ou transnominação (do grego μετωνυμία, transl. metonymía, 'além do nome' ou 'mudança do nome') é uma figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra fora do seu contexto semântico normal, dada a sua contiguidade (e não a similaridade) material ou conceitual com outra palavra. Trata-se de uma substituição lógica de um termo por outro, mantendo-se todavia uma proximidade entre o sentido de um termo e o sentido do termo que o substitui.

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arianos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indo-arianos
https://en.wikipedia.org/wiki/Aryan
https://en.wikipedia.org/wiki/Name_of_Iran
https://en.wikipedia.org/wiki/Āryāvarta
https://en.wikipedia.org/wiki/Ariana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ariana_(regi%C3%A3o)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Irão
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pérsia

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