• Conheça a história de grandes e diversos personagens históricos.
  • História de povos indo-arianos.
  • Entenda sobre a cultura de países e povos...
  • Descubra o fantastico mundo folclorico dos povos indo-arianos como: nórdicos, gregos, romanos, eslavos, etc.
  • Estude a verdadeira história contada de modo fidedigno.
  • Tenha conheço sobre o cristianismo assim como sua história.
  • Cultura branca brasileira e sua história, personagens históricos, folclore, tradições e mais.

Yggdrasil



Na mitologia nórdica, Yggdrasil (ou no nórdico antigo: Yggdrasill) é uma árvore colossal (algumas fontes dizem que é um freixo, outras que é um teixo), que é o eixo do mundo.

Localizada no centro do universo, Yggdrasil, a Árvore da Vida, liga os nove mundos. Ela possui três raízes principais enormes - Urðr, Mimir e Hvergelmir - cada uma sobre três fontes. 

A sua primeira raiz fica em Urðr, nos mundos superiores, sendo a morada das Nornir (a tríade do destino). Além de tecerem e entremearem os destinos dos humanos, as três deusas também usam a água e a lama desta Fonte para regar e nutrir a Árvore, reparando os danos causados pelo dragão. É um local onde mesmo divindades podem obter presságios e orientação.


A segunda raiz fica em Mimir (nome que significa “Memória”), onde jaz a cabeça de um gigante – preservada viva através da magia dos Æsir – que guarda o conhecimento ancestral e místico. Nessa fonte, Óðinn sacrificou um de seus olhos em uma de suas buscas por conhecimento oculto.

Por fim, a terceira raiz brota em Hvergelmir, sendo a raiz dos mundos inferiores. Dela jorram os rios primordiais que passam pelo Mundo dos mortos fluindo até o Mundo dos humanos.


Suas raízes mais profundas estão situadas em Niflheim, um mundo sombrio onde fica várias árvores assombradas e solo onde não se produz nada, escuridão profunda com gigantes e terríveis monstros. O tronco é Midgard, ou seja, o mundo dos homens; a parte mais alta, que se dizia tocar o sol e a lua, é Asgard (a cidade dourada), a terra dos deuses, e Valhala, o local onde os guerreiros Vikings eram recebidos após terem morrido, com honra, em batalha.

Conta-se que nas frutas de Yggdrasil estão as respostas das grandes perguntas da humanidade. Por esse motivo ela sempre é guardada por uma centúria de valquírias, denominadas protetoras, e somente os deuses podem visitá-la. Nas lendas nórdicas, dizia-se que as folhas de Yggdrasil podiam trazer pessoas de volta a vida e apenas um de seus frutos, curaria qualquer doença e até mesmo salvaria a pessoa a beira da morte.

Criaturas vivem dentro de Yggdrasil, incluindo o dragão Níðhöggr, a águia Aar, e os cervos Dáinn, Dvalinn, Duneyrr e Duraþrór.

Haviam diversas passagens e pontes entre os mundos, sendo as mais famosas Bifröst e Gjöll – respectivamente, a ponte reluzente que liga Miðgarðr (Mundo humano) e Ásgarðr (Mundo dos deuses) e a ponte escura que atravessa um rio gelado de mesmo nome e conecta Miðgarðr com Helheim (Mundo dos mortos).

Criaturas em Yggdrasil


No topo da árvore ficava Aar, uma águia, que tudo enxergava e cujo bater de asas causava os ventos e em cuja testa se apoiava um falcão, que lhe servia de mensageiro. Existia uma inimizade perpétua entre a águia e o dragão Niddhog e um esquilo - Ratatosk -, que corria para cima e para baixo da árvore, levando mensagens, possivelmente hostis, tentando acirrar a disputa entre eles.

Ratatosk, Nidhogg e Águia.

Entre as folhagens sempre verdes de Yggdrasil pastavam quatro cervos (Dain, Dvalin, Duneyr e Durathor), um bode e uma cabra, Heidrun, de cujas tetas escor­ria o hidromel. Enquanto o bode e os cervos devoravam as folhas e os galhos e roíam a casca da árvore, o leite da cabra era puro mel e dos seus chifres pingavam gotas de orvalho sobre o gramado ao redor, que iam alimentar as abelhas. 

Fontes de Yggdrasil


Sob cada uma das três raízes de Yggdrasil brotava uma nascente, com nomes e funções diferentes. A nascente de Urdh ou Wyrd nascia sob a raiz superior e pertencia às Xornes, as Senhoras do Destino. Diariamente elas tiravam água da [93] fonte, molhavam as raízes da árvore e as cobriam em seguida com argila branca, para manter a umidade e conservar a vitalidade da árvore. As Nornes decidiam os destinos e os traçavam em rimas sobre as folhas e os galhos deYggdrasil ou as gravavam sobre os galhos. Ao redor da fonte de Urdh as divindades Aesir se reuniam todos os dias em busca de orientação, conselhos e presságios futuros conferidos pelas Nornes; lá também era a sede dos seus concílios, que visavam apaziguar conflitos ou disputas e resolver problemas.


Sob a segunda raiz de Yggdrasil nascia a fonte de Mimir, considerada a “fonte do conhecimento”, repositório da sabedoria e da memória ancestrais. Nela o guardião Heimdall guardava sua corneta (ou um dos seus ouvidos) e era lá que se encontrava a cabeça decapitada do deus Mimir, preservada por Odin com er­vas e encantamentos rúnicos e que o aconselhava em suas decisões e ações. Essa nascente guardava também as runas, que eram a própria essência da sabedoria e magia universal; foi ali que Odin sacrificou um olho para poder beber dela e alcançar esse conhecimento pela autoimolação. A fonte de Mimir fornecia infor­mações e auxílio àqueles que dela bebiam, fossem eles deuses ou seres humanos devidamente preparados e com a consciência ampliada.

A terceira nascente - Hvergelmir - jorrava da raiz inferior de Yggdrasil e dela originavam-se 11 (ou 12) rios - Elivagar - , que se espalhavam sobre os campos de Midgard. Em seu espelho d’água nadava um casal de cisnes, cuja harmonia e integração simbolizam a união da polaridade feminina e masculina.

Em uma gruta, na proximidade da nascente, escondia-se o aterrorizador dragão Nidhogg, que roía incessantemente a raiz da árvore, ajudado nessa tarefa destruidora por inúmeras criaturas peçonhentas (serpentes, répteis ou dragões), a derrubada de Yggdrasil sendo o sinal para o fim dos deuses e a destruição dos mun­dos. As forças destrutivas visavam a exterminação da Arvore da Vida, na tentativa de impedir o nascimento de novos mundos e espécies, enquanto a fonte de Hver­gelmir simbolizava o cerne dos processos de geração e a energia da expansão.


As três fontes podem ser vistas em conjunto como uma só fonte tripla – do Wjrd – e são responsáveis pelas forças da criação (Hvergelmir), definição da sua evolução (Mimir) e determinação do destino (Urdh), de acordo com as leis das Nornas. As fontes, as raízes e o mundo subterrâneo eram cobertos por uma extensa relva verdejante, que separava a árvore dos outros planos e níveis. O orvalho retido na relva alimentava enxames de abelhas, cujo mel servia para a preparação do hidromel pelos deuses.
Vários animais habitavam entre as folhagens e nos galhos deYggdrasil, alguns deles citados também nos mitos de outras culturas como a iraniana, mesopotâmica, [94] siberiana ou dos nativos da Indonésia (citados anteriormente). No topo da árvore ficava Aar, uma águia, que tudo enxergava e cujo bater de asas causava os ventos e em cuja testa se apoiava um falcão, que lhe servia de mensageiro. Existia uma inimizade perpétua entre a águia e o dragão Niddhog e um esquilo - Ratatosk -, que corria para cima e para baixo da árvore, levando mensagens, possivelmente hostis, tentando acirrar a disputa entre eles.

Os nove mundos


Os nove mundos contidos na Yggdrasil são:

  • Mannheim (Midgard), o mundo dos homens. É representado por Jera, a runa do ciclo anual.
  • Godheim (Asgard), o mundo dos Æsir. É representado por Odin, a runa da troca.
  • Vanaheim, o mundo dos Vanir. É representado por Ingwaz, a runa da semente.
  • Helheim, o mundo dos mortos. É representado por Hagalaz, a runa do granizo.
  • Svartalfheim, o mundo dos elfos escuros. É representado por Elhaz, a runa do teixo.
  • Alfheim, o mundo dos elfos claros. É representado por Dagaz, a runa do dia.
  • Jotunheim, o mundo dos gigantes de rocha e de gelo (Jotuns). É representado por Nauthiz, a runa da necessidade.
  • Niflheim, o mundo de gelo eterno. É representado por Isa, a runa do gelo.
  • Muspelheim, o mundo de fogo. É representado por Sowilo, a runa do sol.

Etimologia


O significado geralmente aceito do nórdico antigo Yggdrasill é "cavalo de Odin", significando "forca". Essa interpretação ocorre porque "drasill" significa "cavalo" e "Ygg(r)" é um dos muitos nomes de Odin. O poema da Edda Poeta Hávamál descreve como Odin se sacrificou pendurando-se em uma árvore, fazendo desta árvore a forca de Odin. Esta árvore pode ter sido Yggdrasil. A forca pode ser chamado de "o cavalo do enforcado" e, portanto, a forca de Odin pode ter se desenvolvido para a expressão "cavalo de Odin", que então se tornou o nome da árvore.

Não obstante, as opiniões acadêmicas a respeito do significado preciso do nome Yggdrasill variam, particularmente na questão de se Yggdrasill é o nome da própria árvore ou se apenas o termo completo askg Yggdrasil (em que no nórdico antigo "askr" significa "freixo") se refere especificamente à árvore. De acordo com essa interpretação, "askg Yggdrasils" significaria a árvore do mundo sobre a qual "o cavalo [do cavalo de Odin] do deus supremo [Odin] está preso". Ambas as etimologias se baseiam em uma Yggsdrasill presumida, mas não atestada.

O Sacrifício de Odin


Odin descobriu a existência de um poço do conhecimento, uma fonte de sabedoria, nas raízes de Yggdrasil, local guardado por Mimir. Mas beber daquela água exigia um preço. Assim, Odin deu um dos seus olhos para beber da água.

Para obter o segredo das Runas - símbolos mágicos que contém todos os segredos do universo. Sendo vinte e quatro símbolos de poder que resumem todas as leis que regem os nove mundos.  - O deus Odin, visando adquirir esse conhecimento, sacrificou-se na Árvore do Mundo, Yggdrasil. Depois de se ferir mortalmente com a sua própria lança, chamada de Gungnir, ele se enforcou na Árvore do Mundo, ficando pendurado na mesma durante nove dias e nove noites, sem comer e nem beber, agonizando à mercê do vento e do clima frio. 



Enquanto ele morria, a Terra foi escurecendo, a Yggdrasil foi definhando e os poderes do caos começaram a ficar cada vez mais fortes. O auge da escuridão aconteceu na nona noite, com a morte de Odin. Nesse instante toda a luz do Universo se apagou, o caos imperou, e o fim da Terra parecia iminente, dominada pelos Gigantes e demais entidades maléficas ao ser humano.

Mas foi durante esse período caótico que Odin, liberto de seu corpo, viajou pelos nove mundos e obteve, livre das limitações do tempo e do espaço, todo o conhecimento do Universo. Compreendeu o mistério das runas, tornando-se mestre das mesmas. E ao adquirir esse conhecimento, ressuscitou mais forte e mais sábio do que nunca. Yggdrasil brilhou com uma luz tão intensa que expulsou de vez todas as forças do caos da Terra. É o retorno da Luz Divina, quando Odin descobriu os segredos das runas, afastando de vez as trevas diante da Luz Divina de Odin.

A divindade maior da mitologia nórdica, tornou-se o símbolo do conhecimento e da sabedoria depois de seu martírio na cruz da Yggdrasil.

Na estrofe 138 do poema Hávamál , Odin descreve como uma vez se sacrificou a si mesmo pendurado em uma árvore. A estrofe diz:

"Sei que pendurei em uma árvore ventosa por nove longas noites, 
ferida com uma lança, dedicada a Odin, a mim mesmo, 
àquela árvore que nenhum homem conhece de onde suas raízes correm."

Na estrofe Odin descreve como ele não tinha comida nem bebia lá, que ele olhou para baixo e que "eu peguei as runas, gritando que as peguei, então caí de lá". Enquanto Yggdrasil não é mencionada pelo nome no poema e outras árvores existem na mitologia nórdica, a árvore é quase universalmente aceita como Yggdrasil, e se a árvore é Yggdrasil, então o nome Yggdrasil se relaciona diretamente com esta história.

Edda Poética


Na Edda Poética, a árvore é mencionada nos três poemas Völuspá, Hávamál e Grímnismál.

Vídeo



Fonte

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 

Copyright ©Desde 2019.Bela Vatra|