Eco, Alexandre Cabanel, 1887.
História
Eco (em grego, Ηχώ) era uma das Oréades, as ninfas das montanhas, e adorava sua própria voz. Ela era uma das melhores amigas da deusa Ártemis, a deusa da caça, e por isso gozava de um certo prestigio entre as demais divindades. Mas Eco tinha um sério problema, ela era muito tagarela e sempre gostava de dar a ultima palavra sobre tudo.
– Só conservarás o uso dessa língua com que me iludiste para uma coisa de que gostas tanto: responder. Continuarás a dizer a última palavra, mas não poderás falar em primeiro lugar.
Certo dia, vagando triste pelos bosques, Eco encontrou um belo mancebo por quem caiu de amores. Como não podia falar-lhe, limitou-se a segui-lo, sem ser vista. O homem era Narciso, um dos jovens mais belos de toda a Grécia e conhecido por desprezar todas as suas pretendentes.
Ele estava caçando no bosque, mas havia se perdido dos seus companheiros de caça, quando ouviu o barulho dos passos da ninfa e perguntou:
- Olá, tem alguém aqui?
- Aqui... aqui... aqui... - responde Eco.
Narciso intimou a quem respondia para sair do esconderijo. Eco apareceu-lhe e, como não podia falar, usou as mãos para, em gestos, dizer do grande amor que lhe devotava. Narciso, entretanto, rejeitou também à bela ninfa.
- Largue-me, eu não te desejo. - Diz Narciso.
- Desejo... desejo... desejo... - Responde Eco.
Após desprezar Eco, Narciso vagou pelos bosques e se deparou com um grupo de ninfas, estas também foram desprezadas pelo rapaz, mas diferente de Eco, que se isolou, elas clamaram para que Nêmesis - a deusa que arruína os orgulhosos - punisse o jovem rapaz que as desprezou. A deusa ouviu suas preces e decidiu punir o jovem vaidoso. Ele aprenderia o que era ter um amor não correspondido.
O jovem andava próximo a um nascente de água e decidiu parar para matar a sua sede. Ao se ajoelhar ele vê seu próprio reflexo na água e acaba se apaixonado pela imagem de tão belo ser. Ele tenta tocar a imagem, mas as ondas fazem o seu reflexo desaparecer. Narciso pergunta a seu próprio reflexo:
- Porque foge de mim? Porque corresponde meu sorriso e depois me despreza? Está brincando comigo?
Eco e Narciso, John William Waterhouse, 1903.
Eco, escondida, assistia tudo. Narciso passou dias contemplando sua própria imagem e passou a definhar, pois não mais comia ou bebia até o dia em que faleceu. Seu espirito foi levado para o mundo dos mortos onde passou a eternidade atormentado pela visão do próprio reflexo nas águas do rio Estige. No lugar onde descansava o corpo do jovem passou a crescer uma bela flor. As ninfas batizaram-na com o nome de Narciso.
Eco mergulhou em uma profunda tristeza e decidiu viver reclusar em uma caverna nas montanhas. A ninfa acabou sendo incorporada pela montanha, mas sempre que Eco é chamada ela se apresenta para dar a ultima palavra.
Vídeo
Fonte:
http://eventosmitologiagrega.blogspot.com/2010/07/lenda-de-eco.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eco_(mitologia)
https://www.mitografias.com.br/2016/03/eco-e-narciso/
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