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Mitologia Grega: Sísifo


Sísifo, de Tiziano, 1549.

Sísifo (em grego: Σίσυφος, transl.: Sísyphos), filho do rei Éolo, da Tessália, e Enarete, era considerado o mais astuto de todos os mortais. Ele foi o fundador e primeiro rei de Éfira, depois chamada Corinto, onde governou por diversos anos. Casou-se com Mérope, filha de Atlas, sendo pai de Glauco e avô de Belerofonte. Certas versões relatam que da união entre Sísifo e Anticléia, filha de Autólico, nasceu Odisseu, um dos principais heróis da mitologia grega.


Certo dia, Sísifo viu a bela jovem Egina sendo sequestrada pela águia de Zeus, e percebe que pode tirar vantagem dessa situação.

Sísifo era rei-fundador da cidade de Corinto, contudo seu reino era escasso em água doce, e Egina era filha de Asopo, um deus-rio, que se encontrava muito triste com o desaparecimento de sua filha.
Sísifo foi então até Asopo e disse:

- Sei do paradeiro de sua filha, mas essa informação tem um preço, quero em troca que o senhor crie um nascente de água para abastecer meu reino.

O acordo é feito e a fonte presenteada recebe o nome de Pirene e é consagrada às Musas. Assim, Asopo parte atrás de sua filha. Zeus, entretanto, fica extremamente furioso com a delação de Sísifo e ordena que Thánatos, a Morte, encontre Sísifo e ceife sua vida.

Sísifo é surpreendido por Thánatos em seu palácio, mas de sua mente rápida e ardilosa uma ideia lhe vem a cabeça. Ele se dirige a morte e diz:

- Então, parece que chegou a minha hora. Não esperava morrer tão jovem, mas confesso que fiquei surpreendido por vosso esplendor. És de fato uma divindade magnifica. E saiba que dos vários deuses que já conhecer, poucos tem um porte tão distinto e elegante. Antes de partir gostaria de presentear-lhe com alguns adornos que tornará sua presença ainda mais magnifica, pois para mim tais joias já não terão mais serventias.

Thánatos ficou lisonjeado com tantos elogios que decidiu aceitar os presentes. Sísifo lhe colocou um par de pulseiras e um colar, mas aquilo na verdade eram grilhões e uma coleira. O rei de Corinto havia feito então o que era impossível: ele conseguiu enganar a morte e fez de Thánatos seu prisioneiro.

O tempo passou e ninguém mais morria. O reino de Hades não recebia novos súditos. As guerras de Ares não lhe dava mais prazer, pois ninguém morria. Tão logo teve conhecimento, Ares vai a Corinto e liberta Thánatos que parte a procura do rei para concluir sua missão, mas Sísifo já suspeitava que algo assim fosse acontecer e orientou sua esposa para se caso ele morresse de forma prematura não prestasse os devidos serviços fúnebres devidos a um rei. Após sua morte, ao chegar no reino de Hades, ele se vê frente a frente com o deus do submundo, que parecia muito descontente.


Depois de receber uma grande censura por parte do deus, Sísifo pronuncia um discurso que já havia arquitetado antes de morrer:

- Nobre senhor do submundo, sei agi mal contra o senhor e que lhe causei prejuízos, se soubesse que causaria algum dano ao grandioso deus do submundo jamais procederia de tal forma. Apesar de estar em debito com o senhor, tenho uma súplica a lhe fazer. Minha odiosa esposa se recusou a fazer os devidos ritos funerários a um rei que era tão querido por seu povo. A maldita me descartou como o cadáver de um cão. E por isso lhe súplico para que me deixe retornar ao mundo dos vivos por apenas um dia para que assim eu possa me vingar de minha esposa e organizar um funeral digno a mim e que honre o reino dos mortos.
- Você tem a minha permissão para permanecer apenas um dia no mundo dos vivos, mas na noite deste mesmo dia você deverá retornar aos meus domínios. - Responde Thánatos.
- O senhor tem minha palavra de honra!

Sísifo retornou a Corinto. Lá ele reencontrou sua esposa e com ela fugiu. E assim, ele enganou a morte, mais uma vez. Escondido, Sísifo viveu até a mais tardia velhice, até seu inevitável fim. Agora sua esperteza não poderia mais ajuda-lo. Ao enfim retornar ao submundo, Hades o jogou no Tártaro e lá ele foi castigado a rolar uma enorme pedra até o cume de uma montanha, mas sempre que chegava no topo a pedra ficava muito pesada e rolava até o ponto de partida. Assim, Sísifo reiniciava seu trabalho novamente, e novamente, e novamente, e novamente, por toda a eternidade.


Por esse motivo, a tarefa que envolve esforços inúteis passou a ser chamada “Trabalho de Sísifo”.

Proezas


O mais esperto e bem-sucedido ladrão da Grécia, Autólico, filho de Hermes e vizinho de Sísifo, tentou roubar-lhe o gado. As reses desapareciam sistematicamente sem que se encontrasse o menor sinal do ladrão, porém Sísifo ficou desconfiado porque o rebanho de Autólico aumentava à medida que o seu diminuía. Mas Sísifo era um homem sábio, foi um dos primeiros gregos a dominar a escrita e deu um jeito de marcar os cascos dos animais com sinais de modo que, à medida que o gado se afastava de seu curral, aparecia no chão a frase “Autólico me roubou”.


Vídeos





Fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sísifo
http://eventosmitologiagrega.blogspot.com/2010/07/sisifo.html
https://www.youtube.com/watch?v=Sn-OQMG9aKY

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