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Descobrimento da América - Cristovão Colombo



Era dos Descobrimentos

Era dos descobrimentos (ou das Grandes Navegações) é a designação dada ao período da história que decorreu entre o século XV e o início do século XVII, durante o qual, inicialmente, portugueses, depois espanhóis e, posteriormente, alguns países europeus exploraram intensivamente o globo terrestre em busca de novas rotas de comércio. Os historiadores geralmente referem-se à "era dos descobrimentos" como as explorações marítimas pioneiras realizadas por portugueses e espanhóis entre os séculos XV e XVI, que estabeleceram relações com a África, América e Ásia, em busca de uma rota alternativa para as "Índias", movidos pelo comércio de ouro, prata e especiarias. Estas explorações no Atlântico e Índico foram seguidas por outros países da Europa, como França, Inglaterra e Países Baixos, que exploraram as rotas comerciais portuguesas e espanholas até ao oceano Pacífico, chegando à Austrália em 1606 e à Nova Zelândia em 1642. A exploração europeia perdurou até realizar o mapeamento global do mundo, resultando numa nova divisão mundial, e no contacto entre civilizações distantes, alcançando as fronteiras mais remotas muito mais tarde, já no século XX.

Rivalidade entre Portugal e Castela no Atlântico


Ao longo do século XV, os exploradores, comerciantes e pescadores de Portugal e de Castela foram adentrando cada vez mais no Oceano Atlântico. Os reis de ambos os reinos impuseram taxas às mercadorias trazidas de ultramar e rapidamente surgiram atritos sobre a que soberano correspondiam os impostos provenientes de cada um dos territórios descobertos. Uma importante disputa foi pelo controle sobre os territórios da Guiné e Costa da Mina, muito ricos em ouro e escravos. Outro ponto importante foi a quem correspondia o direito de conquista sobre as Ilhas Canárias.

As ilhas de Lanzarote, Fuerteventura e Hierro foram conquistadas por cavaleiros normandos para Castela, entre 1402 e 1405, mas os navegadores portugueses costumavam aportar nas ilhas e capturar escravos nelas. Em 1431, João I de Portugal e João II de Castela assinaram um primeiro tratado de paz. Porém, a disputa sobre a posse das Canárias continuou, sendo apresentada ao Concílio de Basileia de 1435. Em 1449, o rei português Afonso V chegou a outorgar a si o monopólio do comércio das Canárias.

Em 1441, chegavam a Lisboa os primeiros carregamentos documentados de ouro procedentes da Guiné. Inicialmente, o papado tomou uma posição neutra entre Portugal e Castela a respeito de seus direitos sobre África, como na bula Rex Regnum, do Papa Eugénio IV, de 1443). Mas entre 1452 e 1455, o Papa Nicolau V favoreceu os esforços dos portugueses com uma série de bulas, outorgando-lhes o controle exclusivo sobre os territórios desde os cabos Bojador e Não até toda a Guiné e "até onde se estende a praia meridional". Isto levou os portugueses a assaltar e capturar barcos castelhanos que retornavam da Guiné, provocando uma disputa diplomática entre os dois reinos, que não teve efeito, devido à morte de João II de Castela, em 1454, e à situação de debilidade de seu sucessor Henrique IV.

Em 1456, o papa seguinte, Calisto III, confirmou o monopólio de Portugal e ainda outorgou à Ordem de Cristo portuguesa a autoridade eclesiástica em todas as terras desde os cabos de Bojador e Nam "até as Índias". O rei de Portugal adotou uma política comercial aberta, permitindo aos súditos estrangeiros fazer comércio nas costas africanas em troca do pagamento de impostos. O único prejudicado era então o rei de Castela.

Em agosto de 1475, com o início da guerra, Isabel reclamou que as partes de África e Guiné pertenceriam a Castela por direito e incitou seus comerciantes a navegar por elas sem autorização portuguesa, iniciando a guerra naval no Atlântico.

Comercio nas Índias

A queda do Império Romano do Oriente no poder dos turcos otomanos em 1453, após a tomada de Constantinopla, sua capital, causou um aumento no comércio entre a Europa e as regiões orientais.

Colombo planejou sua viagem para trazer mercadorias, principalmente especiarias e ouro, das Indias. O caminho das especiarias que incluíam espécies, seda e outros produtos originários do Extremo Oriente, haviam percorrido através dos séculos sempre na rota comercial que atravessava a Ásia para a Europa, Ásia Menor e Egito, mas a partir da expansão do Império Otomano, essa rota tornou-se difícil e foi monopolizada por eles e seus sócios, os mercadores italianos. O Reino de Portugal e o Reino de Castela, na época os primeiros Estados da Idade Moderna, queriam essas mercadorias sem intermediários.

Por seu lado, o Reino de Castilla, no mesmo ano em que sua Reconquista terminou com exito, buscou uma nova rota para as especiarias e, embora também a tenha buscado no Oceano Atlântico, estabeleceu outro rumo - a oeste - nas águas longe da costa e desconhecidas para os navegantes.

Como os portugueses haviam conseguido sua Reconquista contra os muçulmanos no século XIII, eles assumiram a liderança na competição para alcançar uma nova rota de especiaria que era uma alternativa marítima direta a Asia Oriental. Portugal lançou-se para navegar no mar oceânico bordeando a África e tomando para si o monopólio dessa navegação pelo Oceano Atlântico, com exceção das Ilhas Canárias. Em 1488, o navegador Bartolomeu Dias encontrou seu caminho através do Cabo da Boa Esperança, que ligava o Oceano Atlântico ao Oceano Índico.

Portugal tinha sido a principal potência européia interessada em buscar rotas comerciais no exterior. Seus vizinhos, Castela (antecessora da Espanha), foram um pouco mais lentos para começar a explorar o Atlântico por causa da maior área de terra que precisou reconquistar dos mouros. Não foi até o final do século XV, após a união dinástica das Coroas de Castela e Aragão e a conclusão da Reconquista, que as coroas unificadas do que se tornaria a Espanha (embora os países ainda existam legalmente) surgiram e se comprometeram totalmente a procurar novas rotas comerciais e colônias no exterior. Em 1492, os governantes conjuntos conquistaram o reino mouro de Granada, que fornecia a Castela bens africanos através de tributo. Colombo não havia conseguido convencer o rei João II de Portugal a financiar sua exploração de uma rota ocidental, mas o novo rei e rainha da Espanha reconquistada decidiram financiar a expedição de Colombo na esperança de contornar a barreira de Portugal na África e no Oceano Índico, chegando à Ásia viajando para o oeste.

Sob a hegemonia do Império Mongol sobre a Ásia (a Pax Mongolica , ou a Paz Mongol), os europeus há muito desfrutavam de uma passagem terrestre segura, a Rota da Seda, para as Índias (então interpretadas aproximadamente como todo o sul e leste da Ásia) e a China , que eram fontes de bens valiosos, como especiarias e seda. Com a queda de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453, a rota terrestre para a Ásia se tornou muito mais difícil e perigosa. Os navegadores portugueses tentaram encontrar um caminho marítimo para a Ásia.

Em 1470, o astrônomo florentino Paolo dal Pozzo Toscanelli sugeriu ao rei Afonso V de Portugal que navegar para o oeste através do Atlântico seria uma maneira mais rápida de chegar às Ilhas das Especiarias (Ilhas Molucas), Cathay (nome histórico europeu alternativo para China) e Cipangu (primeira palavra em chinês mandarim ou possivelmente chinês Wu para o Japão registrada por Marco Polo) do que a rota pela África, mas Afonso rejeitou sua proposta. Em 1474, Toscanelli enviou a Colombo um mapa com a noção de uma rota para o oeste para a Ásia. Na década de 1480, os irmãos Colombo propuseram um plano para chegar às Índias navegando para oeste através do "Mar do Oceano" (o Atlântico ). No entanto, isso foi complicado pela abertura da passagem sudeste (Rota do Cabo) para a Ásia ao redor da África por Bartolomeu Dias em 1488, quando chegou ao Cabo da Boa Esperança (moderna África do Sul).

O Que Eram as Índias

As Índias (plural de Índia, o território de referência) foi a forma como até ao início do século XIX os europeus designaram várias regiões, primeiro na Ásia e depois na América. O termo incluiu as Índias Orientais (o sudeste asiático) e as Índias Ocidentais (as Caraíbas). O termo Índias Orientais de então corresponde na prática à actual designação de Insulíndia, enquanto o correspondente nas Caraíbas caiu em desuso mais rapidamente.

O termo "Índias" era usado na Europa, num sentido alargado, para referir várias regiões da Ásia não mapeadas - abrangendo a Ásia Meridional e o Sueste asiático e popularizou-se desde que Marco Pólo relatou as suas viagens.

As Índias Orientais ou Índias são as terras do sul (subcontinente indiano) e do sudeste asiático. Em um sentido mais restrito, as Índias podem ser usadas para se referir às ilhas do sudeste da Ásia, especialmente o arquipélago indonésio e o arquipélago das Filipinas. O nome "Índias" é usado para conotar partes da Ásia que vieram sob a esfera cultural indiana.

As Índias eram todo o Sul e Leste da Ásia. Alguns países do Sul da Ásia são Filipinas, Indonésia, Malásia, Singapura, Tailândia, Vietnã .E alguns países do Leste da Ásia são: China, Mongólia, Japão, Coreia, Taiwan.

Motivos de Colombo

Embora no século III a.C., o astrônomo grego Eratóstenes calculou a medida da circunferência da Terra com bastante exatidão, aparentemente, a hipótese de Colombo sobre a possibilidade da viagem se baseava em cálculos alternativos (e errôneos) sobre o tamanho da esfera, pois suponha que era menor do que realmente é. No entanto, Colombo afirmou que havia coletado dados sobre a existência de terras habitadas do outro lado do Atlântico. Destas, deduziu que o extremo leste da Ásia estava muito mais próximo da Europa do que supunham os cosmógrafos da época. Também era possível que tais relatórios testemunhassem a presença de ilhas que poderiam servir como escalas em uma viagem às Índias.

Outras teorias sustentam que Colombo ouvira informações, através de fofocas de marinheiros, sobre a existência de terras muito mais próximas da Europa do que se suponha cientificamente que estava a Ásia, e que ele assumiu a tarefa de alcançá-la para negociar sem depender da República de Gênova, nem do Reino de Portugal. Um deles, conhecido como Teoría del Prenauta, sugere que, durante o tempo que Colombo passou nas ilhas atlânticas portuguesas, ele assumiu um marinheiro português ou castelhano moribundo, cuja caravela havia sido varrida pelas correntes do Golfo da Guiné até o mar do Caribe. Alguns autores chegam a dizer que ele poderia ser Alonso Sánchez de Huelva, embora segundo outras fontes poderia ser português ou vizcaíno. Essa teoria sugere que o prenauta confidenciou a Colombo o segredo. Alguns estudiosos acreditam que a mais forte evidência em favor desta teoria são as Capitulaciones de Santa Fe, uma vez que eles falam de "o que for descoberto nos mares oceânicos" ao tempo que concedem a Columbo uma série de privilégios até então não concedidos a ninguém.

O Projecto de Colombo

Foi em Portugal que Colombo começou a conceber o seu projecto de viagem para o Ocidente, inspirado pelo ambiente febril de navegações, descobrimentos, comércio e desenvolvimento científico, que converteram a Lisboa da segunda metade do século XV num rico e activíssimo porto marítimo e mercantil, de dimensão internacional, e Portugal no país dos melhores, mais audazes e experientes marinheiros, com os maiores conhecimentos náuticos da época. O projecto terá surgido não de forma repentina, mas gradual, provavelmente em colaboração com o seu irmão Bartolomeu. Após o processo de formação e maturação, o projecto de Colombo consistia em atravessar o oceano Atlântico - o único conhecido à época - em direcção à Ásia.

"Mapa de Colombo", Lisboa, oficina de Bartolomeu e Cristóvão Colombo, c. 1490.

O historiador norte-americano Vignaud tentou demonstrar que Colombo apenas procurava alcançar umas distantes ilhas do Atlântico, mas não chegar às Índias, tendo alterado o projecto após as descobertas que fez. Esta tese é normalmente descartada pelos historiadores colombinos de maior competência, já que para descobrir umas simples ilhas não era necessário negociar tenazmente com monarcas, promover opiniões de sábios e técnicos e exigir honras e compensações tão exorbitantes. Tratava-se, sem dúvida, de uma empresa nova, arriscada, e de importância bem maior que uma expedição comum.

O seu filho Fernand conta que o pai começou por pensar que se os portugueses navegavam já tão grandes distâncias para o sul, poderia fazer o mesmo para o oeste, enumerando os factores que o fizeram pensar na existência de terras a ocidente: A esfericidade da terra; e as leituras de autores clássicos, como Aristóteles, Estrabão e Plínio, que afirmavam a curta distância entre a Espanha e África, e a Índia. O mais provável, no entanto, é que não tenha se inspirado nesses autores, mas sim que os tenha lido depois por forma a fundamentar o seu projecto. Os supostos papéis do sogro que lhe teriam sido entregues por Isabel Moniz teriam juntado indícios materiais, como troncos de árvores e cadáveres de espécies desconhecidas arrastados pelo mar. Finalmente, as notícias que obteve de marinheiros que afirmavam ter encontrado terras a oeste, e as várias tentativas para descobrir supostas ilhas do Atlântico, comuns por aqueles anos. Colombo observou nas suas viagens e permanências nas ilhas atlânticas estes indícios, assim como as condições dos ventos e correntes marítimas, a reconhecer a proximidade de terra firme e as rotas mais favoráveis, o que tudo aprendeu com a experiência portuguesa.

Influência de Toscanelli

Paolo dal Pozzo Toscanelli foi um matemático, astrónomo e geógrafo italiano. Ele teria influenciado Cristóvão Colombo na formação do seu projecto de atingir o Extremo Oriente viajando pelo oeste.

Em 1474 Toscanelli escreveu uma carta, acompanhada de um mapa, ao seu correspondente português Fernão Martins, cónego da Sé de Lisboa, fazendo, através deste, chegar sua proposta ao Rei D. Afonso V. O seu projecto era, basicamente, o de navegar para ocidente e assim descobrir a Ásia pelo Oeste. O original desta carta nunca foi encontrado, mas sabe-se da sua existência pelo próprio Toscanelli, que depois a transcreveu e enviou a Cristóvão Colombo, acompanhado da sua sugestão de viajar para Oeste para atingir a Ásia.

O objectivo de Toscanelli de atingir as Ilhas das Especiarias navegando para oeste assentava num erro por defeito do cálculo do tamanho da Terra e da extensão da Ásia, razão que levou Colombo a considerar que atingira a região oriental da Ásia em vez de colocar a hipótese de ter encontrado um novo continente.

Esta correspondência apenas se conhece através de Colombo. O filho de Colombo, Fernand, escreve que, uma vez inteirado dela, o pai escreveu a Toscanelli, que lhe respondeu enviando cópia da carta que havia enviado a Fernão Martins, datada (a original) de 25 de Junho de 1474.

Las Casas diz que teve nas suas mãos a tradução em castelhano, pois o original estava em latim. Colombo teria insistido com Toscanelli, que acabou por lhe enviar uma cópia do mapa já antes enviado a Afonso V. Estas cartas, no entanto, apenas se conhecem pelas transcrições de Fernand Colombo e Las Casas incluídas nas suas obras. No século XIX descobriu-se um texto em latim entre os papéis que pertenceram a Colombo, escrito por sua mão ou pela do seu irmão Bartolomeu. Tais cartas foram sempre geradoras de polêmica, sendo consideradas falsas por alguns, como Vignaud e Carbía, e autênticas pela maioria dos historiadores italianos. Outros historiadores tomam por autêntica somente a correspondência entre Toscanelli e Fernão Martins, sendo a restante entre Colombo e Toscanelli considerada apócrifa, inventada possivelmente pelo filho Fernand, por forma a demonstrar que o pai, já com o seu projecto idealizado, se tinha apoiado em um parecer de grande autoridade, assim como empurrar para Toscanelli a responsabilidade pelo erro cometido por Colombo de pensar que chegara à Ásia oriental ao chegar a América. Ignora-se como Colombo pôde conhecer tal documento secreto, de que, de resto, jamais fez ele próprio menção.

Diogo Teive

Em 1452 teve lugar a viagem de Diogo de Teive, cuja rota antecipou a de Colombo, a qual tinha a intenção premeditada de fazer o reconhecimento do Atlântico oriental. Nessa viagem encontrava-se o marinheiro Pedro Vásquez de la Frontera, que surge mais tarde em Palos angariando tripulantes para a expedição de Colombo, assegurando que encontrariam as Índias. Não é seguro, no entanto, que Teive tenha avistado terra. Nos anos seguintes, as doações de ilhas por achar nas chancelarias portuguesas parecem indicar suspeitas fundamentadas de terras nessas longitudes. É por esta altura, em 1474, que ocorre a consulta a Toscanelli, com o objectivo de confirmar estes avistamentos, e de inquirir sobre a possibilidade do oriente asiático estar mais perto do que o que se supunha. A concessão feita em 1475 a Fernão Teles volta a demonstrar as intenções portuguesas em encontrar ilhas intermediárias numa rota para o Atlântico ocidental.

Estudos de Colombo

Ambicioso, Colombo acabou aprendendo latim, português e castelhano. Ele leu amplamente sobre astronomia, geografia e história, incluindo as obras de Claudius Ptolomeu, o Imago Mundi do cardeal Pierre d'Aill , as viagens de Marco Polo e Sir John Mandeville , a História Natural de Pliny e a Historia Rerum Ubique Gestarum do papa Pio II. Segundo o historiador Edmund Morgan:

"Colombo não era um homem erudito. No entanto, ele estudou esses livros, fez centenas de anotações marginais neles e apresentou idéias sobre o mundo que eram caracteristicamente simples e fortes e às vezes erradas..."

O exemplar de Colombo das Viagens de Marco Polo, com suas anotações manuscritas em latim escritas nas margens.

Ao longo de sua vida, Colombo também mostrou um grande interesse na Bíblia e nas profecias bíblicas, frequentemente citando textos bíblicos em suas cartas e registros. Por exemplo, parte do argumento que ele submeteu aos monarcas católicos espanhóis quando procurou o apoio de sua proposta de expedição para chegar às Índias navegando para oeste se baseou em sua leitura do Segundo Livro de Esdras (Esdras 6: 42) , que ele considerou que a Terra é composta de seis partes de terra e uma de água. No final de sua vida, ele produziu um Livro de Profecias, em que sua carreira como explorador é interpretada à luz da escatologia cristã e do apocalíptico.

Carol Delaney argumentou que Colombo era um milenarista e que essas crenças motivaram sua busca pela Ásia de várias maneiras. Colombo escreveu muitas vezes sobre a busca de ouro nos diários de suas viagens e escreve sobre a aquisição do metal precioso "em quantidade que os soberanos [...] empreendem e se preparam para conquistar o Santo Sepulcro ". Estudos Comparados em Sociedade e História. Abril de 2006. Em um relato de sua quarta viagem, Colombo escreveu que "Jerusalém e o Monte Sião devem ser reconstruídos pelas mãos dos cristãos". Também foi escrito que “a conversão de todas as pessoas à fé cristã” é um tema central nos escritos de Colombo, que é um inquilino central de algumas crenças milenares. Em uma identificação mais específica de suas motivações, Hamandi escreve que a “libertação de Jerusalém de mãos muçulmanas” poderia ser realizada “usando os recursos de terras recém-descobertas”.

Procura de apoio financeiro para uma viagem

Em 1485, Colombo apresentou seus planos ao rei João II de Portugal. Ele propôs que o rei equipasse três navios robustos e concedesse a Colombo um ano para navegar no Atlântico, procurar uma rota ocidental para o Oriente e retornar. Colombo também solicitou que fosse nomeado "Grande Almirante do Oceano", nomeado governador de toda e qualquer terra que ele descobrisse, e recebesse um décimo de toda a receita proveniente dessas terras. O rei enviou a proposta de Colombo aos seus especialistas, que a rejeitaram. A opinião deles era de que a estimativa de Colombo de uma distância de viagem de 3.860 km era, na verdade, muito baixa.

Colombo oferece seus serviços ao rei de Portugal, por Chodowiecki, 17 a C.

Em 1 de maio de 1486, com a permissão concedida, Colombo apresentou seus planos ao rei Fernand II e a rainha Isabel I  de encontrar uma passagem para a Índia navegando para oeste. Os monarcas espanhóis estavam interessados em seus planos, mas recusaram alegando que estavam financeiramente ligados à luta contra os mouros. Para impedir Colombo de procurar monarcas e nações concorrentes, Fernand II e Isabel forneceram a Colombo um retentor de 12.000 maravedis..

Em 1488, Colombo novamente apelou para a corte de Portugal, resultando em João II novamente convidando-o para uma audiência. Essa reunião também não teve êxito, em parte porque pouco tempo depois Bartolomeu Dias voltou a Portugal com notícias de sua bem-sucedida volta ao extremo sul da África (perto do Cabo da Boa Esperança). Com uma rota marítima oriental para a Ásia aparentemente à mão, o rei João não estava mais interessado no projeto rebuscado de Colombo.

Colombo viajou de Portugal para Gênova e Veneza , mas não recebeu nenhum incentivo. Ele também havia despachado seu irmão Bartolomeu à corte de Henrique VII da Inglaterra para saber se a coroa inglesa poderia patrocinar sua expedição, mas também sem sucesso.

Em 1489 os reis espanhóis forneceram a Colombo uma documentação ordenando que todas as cidades e vilas sob espanhóis o fornecessem comida e hospedagem sem nenhum custo.

Acordo com a coroa espanhola

Em janeiro de 1492 Colombo reuniu-se novamente com os monarcas espanhóis após a vitória espanhola contra os mouros. Fernand e Isabel haviam conquistado Granada, a última fortaleza muçulmana na Península Ibérica, e receberam Colombo em Córdoba, no castelo Alcázar. As negociações foram estabelecidas entre Colombo e a Coroa por meio de dois representantes: Juan Pérez, frade da Rábida, para Colombo, e o secretário Juan de Coloma, para a Coroa. Isabel o recusou, seguindo o conselho de seu confessor.

Então, o judeu Luis de Santángel, um alto funcionário, intercedeu por Colombo diante da rainha e se comprometeu a adiantar o dinheiro que a Coroa teria que investir na expedição. Colombo já conhecia
Santángel bem como sua família. Sempre de acordo com a versão de Hernando Colón e Las Casas, a rainha mudou de idéia, enviou um mensageiro para trazer Colombo de volta e ordenou que Juan de Coloma aceitasse seus pedidos. Santángel levou os monarcas a aceitar as pretensas condições impostas por Colombo.

Colombo diante da rainha, como imaginado por Emanuel Gottlieb Leutze de 1843.


A rainha expressou preocupação de que os cofres reais fossem muito baixos por causa da recente guerra com os mouros, e talvez a viagem devesse ser adiada até uma data posterior. Santangel informou a rainha que ele poderia encontrar os fundos e os emprestaria aos monarcas para financiar a parte da Coroa nas contribuições de capital.

A quantia necessária para o armamento da frota, era de 2.000.000 maravedíes. Ela teria sido paga metade pela Coroa e metade por Colombo que foi financiado por uma instituição de crédito genovesa, o Banco di San Giorgio e pelo comerciante florentino Giannotto Berardi.

O Financiamento

Santangel sabia que havia fundos excedentes, que podiam ser emprestados. Com a ajuda de Talavera, tesoureiro conjunto de Santa Hermandad e Quintanilla, o dinheiro foi emprestado da Santa Hermandad e usado para cobrir as contribuições de capital dos monarcas para a primeira viagem. Santángel adiantou 1.140.000 maravedíes do tesouro da Hermandad para financiar a viagem. Mais tarde, o Hermandad foi reembolsado de outros fundos governamentais. Santangel adiantou 1.140.000
maravedis da Hermandad para a Coroa, com 14% de juros por dois anos.

O dinheiro necessário para a expedição, cerca de 2 milhões de maravedíes, foi contribuído da seguinte forma:


  • A principal contribuição foi da Coroa, com 1.140.000 maravedíes. O dinheiro foi adiantado em Santa Fe pelo escribano de racíon, o judeu Luis de Santángel, que cobrou a dívida apenas quinze dias depois (aqueles que transcorreram entre 17 de abril, quando as Capitulações foram assinadas e ele teve que entregar o dinheiro, e em 5 de maio, data da ordem de pagamento) mediante um pagamento do tesouro da Cruzada no bispado de Badajoz. Uma nota do livro de contas do tesoureiro da Cruzada no bispado de Badajoz, de 5 de maio, nos informa dess quantidade que a Coroa empregou no empreendimento. O jogo em questão tem a seguinte redação: "que o referido Alonso de las Cabezas deu e pagou... um cuento ciento cuarenta mil maravedíes para pagar o referido escribano da ración por conta da mesma quantia que ele emprestou para o pagamento das três caravelas que Suas Altezas mandaram ir de armada para as Índias, e para pagar a Cristóvão Colombo, que está nessa armada". 
  • Colombo colocou 500.000 maravedíes, um capital que ele não possuía pessoalmente e que alguém deve ter lhe emprestado. Bartolomé de las Casas escreveu que foi emprestado a ele por Martín Alonso Pinzón ou um de seus irmãos, enquanto o historiador Consuelo Varela argumentou que o credor poderia ter sido Juanoto Berardi, um empresário florentino com sede em Sevillan.
  • Os 360.000 maravedíes restantes corresponderiam às duas caravelas armadas que a provisão real obrigou Palos a disponibilizar para Colombo.



Em 17 de abril de 1492, eles finalmente chegaram a um acordo e foram elaboradas algumas capitulações que mais tarde foram chamadas Capitulações de Santa Fé.


Capitulações de Santa Fé

Em "Capitulações de Santa Fé", em abril de 1492, o rei Ferdinand e a rainha Isabel prometeram a Colombo que, se ele conseguisse, receberia o posto de almirante do mar do oceano e o nomearia vice-rei e governador de todas as novas terras que pudesse reivindicar para a Espanha. Ele tinha o direito de nomear três pessoas, dentre as quais os soberanos escolheriam uma, para qualquer cargo nas novas terras. Ele teria direito a 10% de todas as receitas provenientes das novas terras em perpetuidade. Além disso, ele também teria a opção de comprar 1/8 de participação em qualquer empreendimento comercial com as novas terras e receber 1/8 dos lucros.

O Documento

O documento seguia um formulário padrão em Castela do século XV, com pontos específicos dispostos em capítulos. Ele foi assinado pelo secretário do rei Fernand II e seu homem de confiança, o judeu Luis de Santángel. As Capitulações de Santa Fé são consideradas como um dos contratos mais importantes jamais estabelecidos entre uma pessoa privada e o seu soberano. O texto foi escrito pelo secretário Juan de Coloma e o original, hoje perdido, foi assinado pelos dois monarcas.

Controvérsias

Há controvérsia sobre os vários aspectos das Capitulações. Durante os Pleitos Colombinos, sua natureza jurídica foi discutida: enquanto os herdeiros de Colombo alegavam que representava um contrato vinculativo, a Coroa defendia que havia sido uma mera bênção revogável; a questão
ainda é debatida hoje. Além disso, o encabeçamento do documento afirma que Colombo "descobriu" certas terras, o que levou a argumentos dos partidários de um pré-descobrimento da América antes de 1492. Outros aspectos do texto que geraram interpretações mistas são o tratamento de "Don" concedido a Colombo e a concessão de títulos imediatamente, que contrastam com uma concessão posterior, a provisão real de 30 de abril de 1492, que condiciona os títulos à descoberta efetiva de novas terras e não usa o Don ao mencionar Colombo. Isso deu origem à teoria de que o documento
poderia ter sido modificado em 1493 após o retorno de Colombo de sua primeira viagem às Índias.

A Primeira Carta de Colombo

A Carta de Colombo sobre a Primeira Viagem foi endereçada ao judeu Santángel e tratava a respeito do descobrimento e foi datada de 15 de fevereiro de 1493.

Viagens

Entre 1492 e 1503, Colombo completou quatro viagens de ida e volta entre a Espanha e a América, sendo cada uma delas patrocinada pela Coroa de Castela. Em sua primeira viagem, ele descobriu independentemente a América e a declinação magnética. Essas viagens marcaram o início da exploração e colonização européia do continente americano.

As viagens de Cristóvão Colombo. A linha em azul foi a primeira viagem, a linha em vermelho foi a segunda viagem, a linha em verde foi a terceira viagem e a linha em laranja foi a quarta.



Colombo sempre insistia, diante de evidências contrárias, que as terras que ele visitou durante essas viagens faziam parte do continente asiático, como descrito anteriormente por Marco Polo e outros viajantes europeus. A recusa de Colombo em aceitar que as terras que ele havia visitado e reivindicado para a Espanha não faziam parte da Ásia poderia explicar, em parte, por que o continente americano recebeu o nome do explorador florentino Amerigo Vespucci e não de Colombo.

Primeira Viagem

Na noite de 3 de agosto de 1492, Colombo partiu de Palos de la Frontera, com três navios. O maior deles era um nau chamado Santa María e apelidado de Gallega, os outros dois eram caravelas menores, uma chamava-se Santa Clara e foi apelidado carinhosamente de Niña, um trocadilho com o nome de seu proprietário, Juan Niño de Moguer e a outra não se tem conhecimento de seu nome, mas hoje é conhecido apenas pelo apelido Pinta, que em castelhano da época significava "pintada". Os monarcas forçaram os cidadãos de Palos a contribuir para a expedição. O Santa María era de propriedade de Juan de la Cosa e capitaneado por Colombo. A Pinta e a Niña foram pilotadas pelos irmãos Pinzón (Martín Alonso e Vicente Yáñez).

Primeira viagem. Nomes de lugares modernos em preto, nomes de lugares de Colombo em azul.

Colombo navegou pela primeira vez para as Ilhas Canárias, que pertenciam a Castela. Ele reabasteceu as provisões e fez reparos em Gran Canaria, depois partiu de San Sebastián de La Gomera em 6 de setembro, para o que acabou sendo uma viagem de cinco semanas pelo oceano. Por volta das 2 da manhã de 12 de outubro (21 de outubro, calendário gregoriano novo estilo), um vigia na Pinta, Rodrigo de Triana (também conhecido como Juan Rodríguez Bermeo), avistou a terra e imediatamente alertou o restante da tripulação com um grito. Então, o capitão da Pinta, Martín Alonso Pinzón, verificou a visão da terra e alertou Colombo disparando um lombard (canhão de cano liso usado no início da Renascença na Espanha e na Itália). Mais tarde, Colombo sustentou que ele próprio já havia visto uma luz na terra algumas horas antes, reivindicando para si a pensão vitalícia prometida por Ferdinand e Isabel à primeira pessoa a avistar terra.

Colombo chamou a ilha (no que é hoje as Bahamas) de San Salvador. Os nativos chamavam de Guanahani. Exatamente a qual ilha nas Bahamas isso corresponde não foi resolvida. Com base nas contas primárias e nas posições geográficas das ilhas no curso de Colombo, os principais candidatos são a Ilha de San Salvador (assim denominada em 1925 com base na teoria de que era San Salvador de Colombo), Samana Cay e Plana Cays.

Desembarque de Colombo (12 de outubro de 1492), pintura de John Vanderlyn.

Os povos indígenas que ele encontrou, os lucayans, taínos e aruaques, eram pacíficos e amigáveis. Ele chamou os habitantes das terras que visitou de índios. Observando seus ornamentos de orelha de ouro, Colombo levou alguns de seus prisioneiros Aruaques e insistiu que o guiassem para a fonte do ouro. No início de seu diário em 12 de outubro de 1492, ele escreveu sobre eles:

"Muitos dos homens que vi têm cicatrizes em seus corpos e, quando lhes fiz sinais para descobrir como isso aconteceu, eles indicaram que pessoas de outras ilhas próximas vêm a San Salvador para capturá-las. Eles se defendem da melhor maneira possível. Eu acredito que as pessoas do continente vêm aqui para tomá-los como escravos. Eles devem formar servos bons e qualificados, pois repetem muito rapidamente o que lhes dizemos. Acho que podem facilmente se tornar cristãos, pois parecem não ter religião. Se isso agrada ao Senhor, levarei seis deles às Vossas Altezas quando partir, para que possam aprender nossa língua." Colombo observou que suas armas primitivas e táticas militares os tornavam suscetíveis à conquista fácil, escrevendo: "Essas pessoas são muito simples em assuntos de guerra... eu poderia conquistar todos eles com 50 homens e governá-los como quisesse".


Ilustração do desembarque de Colombo em San Salvador nas Bahamas.


Colombo também explorou a costa nordeste de Cuba, onde desembarcou em 28 de outubro. Em 22 de novembro, Martín Alonso Pinzón levou o Pinta em uma expedição não-autorizada em busca de uma ilha chamada "Babeque" ou "Baneque", que os nativos haviam dito que era rica em ouro. Colombo, por sua vez, continuou até a costa norte de Hispaniola, onde desembarcou em 5 de dezembro. Lá, o Santa María encalhou no dia de Natal de 1492 e teve que ser abandonado. O naufrágio foi usado como alvo de tiros de canhão para impressionar os povos nativos. Colombo foi recebido pelo cacique nativo Guacanagari, que lhe deu permissão para deixar alguns de seus homens para trás. Colombo deixou 39 homens, incluindo Luis de Torres, o intérprete converso, que falava hebraico e árabe, e fundou o assentamento de La Navidad no local da atual Bord de Mer de Limonade, Haiti. Colombo levou mais nativos prisioneiros e continuou sua exploração. Ele continuou navegando ao longo da costa norte de Hispaniola com um único navio, até encontrar Pinzón e Pinta em 6 de janeiro.

Em 13 de janeiro de 1493, Colombo fez sua última parada desta viagem no Novo Mundo, na Baía de Rincón, no extremo leste da Península de Samaná, no nordeste de Hispaniola. Lá ele encontrou os guerreiros Cigüayos, os únicos nativos que ofereceram resistência violenta durante sua primeira viagem a América. Os Cigüayos recusaram-se a trocar a quantidade de arcos e flechas que Colombo desejava. No confronto que se seguiu, um ciguayo foi esfaqueado nas nádegas e outro ferido com uma flecha no peito. Por causa disso e por causa do uso de flechas pelos Cigüayos, ele chamou a entrada onde os encontrou de Baía das Flechas (ou Golfo das Flechas). Colombo capturou cerca de 10 a 25 nativos e os levou de volta com ele (apenas sete ou oito nativos chegaram à Espanha vivos).

Colombo foi para a Espanha no Niña, mas uma tempestade o separou do Pinta e forçou o Niña a parar na ilha de Santa Maria, nos Açores. Metade de sua tripulação desembarcou para orar em uma capela para agradecer por ter sobrevivido à tempestade. Mas, enquanto oravam, foram presos pelo governador da ilha, ostensivamente sob suspeita de serem piratas. Depois de dois dias de impasse, os prisioneiros foram libertados e Colombo novamente partiu para a Espanha.

Outra tempestade o forçou a entrar no porto de Lisboa. Ele ancorou ao lado do navio-patrulha do rei em 4 de março de 1493 em Portugal. Lá, ele foi entrevistado por Bartolomeu Dias, que havia circundado o Cabo da Boa Esperança alguns anos antes, em 1488-1489. O sucesso de Dias complicou as tentativas de Colombo de obter financiamento da corte portuguesa, porque a rota certa para as Índias que Dias foi pioneiro tornou desnecessário uma rota ocidental conjectural e arriscada. Não encontrando o rei João II de Portugal em Lisboa, Colombo escreveu uma carta para ele e esperou a resposta de João. João pediu a Colombo que fosse ao Vale do Paraíso, ao norte de Lisboa, para encontrá-lo. As relações entre Portugal e Castela eram ruins na época. Colombo foi se encontrar com João no Vale do Paraíso. Ao ouvir sobre a viagem de Colombo, João disse que acreditava que a viagem violava o Tratado de Alcáçovas de 1479.

Depois de passar mais de uma semana em Portugal e prestar homenagem a Eleanor de Viseu, Colombo partiu novamente para a Espanha. Fernão de Magalhães era um menino e é provável que ele tenha visto Colombo durante essa visita. Depois de partir, e depois de ter sido salvo dos assassinos pelo rei João, Colombo atravessou a barra de Saltes e entrou no porto de Palos de la Frontera em 15 de março de 1493. A notícia de sua descoberta de novas terras rapidamente se espalhou por toda a Europa.

Segunda viagem

Colombo deixou o porto de Cádiz em 24 de setembro de 1493, com uma frota de 17 navios transportando 1.200 homens e os suprimentos para estabelecer colônias permanentes no Novo Mundo. Os passageiros incluíam padres, fazendeiros e soldados, que seriam os novos colonos. Isso refletiu a nova política de criar não apenas colônias de exploração, mas também colônias de assentamentos a partir das quais lançar missões dedicadas à conversão dos nativos ao cristianismo.

Segunda viagem de Colombo.

Como na primeira viagem, a frota parou nas Ilhas Canárias, de onde partiu em 13 de outubro, seguindo um curso mais a sul do que na expedição anterior. Em 3 de novembro, Colombo avistou uma ilha acidentada que ele chamou de Dominica (latim para domingo). Mais tarde naquele dia, ele desembarcou em Marie-Galante , que ele chamou de Santa María la Galante. Depois de velejar por Les Saintes (Los Santos), ele chegou à ilha de Guadalupe, que chamou de Santa Maria de Guadalupe de Extremadura, devido a imagem da Virgem Maria venerada no mosteiro espanhol de Villuercas, em Guadalupe, Cáceres, Espanha. Ele explorou a ilha de 4 a 10 de novembro.

Michele da Cuneo, amigo de infância de Colombo em Savona, navegou com Colombo durante a segunda viagem e escreveu: "Na minha opinião, como Gênova era Gênova, nunca nasceu um homem tão bem equipado e especialista na arte da navegação quanto o senhor. Almirante." Colombo nomeou a pequena ilha de "Saona... para homenagear Michele da Cuneo, seu amigo de Savona".

O mesmo amigo de infância relatou em uma carta que Colombo havia lhe fornecido uma das mulheres indígenas capturadas. Ele escreveu: "Enquanto eu estava no barco, capturei uma mulher caraíba muito bonita, a quem o referido Senhor Almirante me deu. Quando a levei para minha cabine, ela estava nua - como era costume deles. Eu estava cheio de desejo de ter prazer com ela e tentei satisfazer meu desejo. Ela não estava disposta, e por isso me tratou com suas unhas, e eu desejava nunca ter começado. Mas, para resumir uma longa história, peguei um pedaço de corda e a chicoteiei profundamente, e ela soltou gritos tão incríveis que você não teria acreditado ter ouvido. Eventualmente, chegamos a esses termos, garanto-lhe, que você pensaria que ela havia sido criada em uma escola para prostitutas."

Pedro de las Casas, pai do padre Bartolomé de las Casas, também acompanhou Colombo nesta viagem.

O curso exato da viagem de Colombo pelas Pequenas Antilhas é discutido, mas parece provável que ele tenha virado para o norte, avistando e nomeando várias ilhas, incluindo:


  • Montserrat (para Santa Maria de Montserrate, depois da Santíssima Virgem do Mosteiro de Montserrat, localizada na montanha de Montserrat, na Catalunha, Espanha);
  • Antígua (depois de uma igreja em Sevilha, Espanha, chamada Santa María la Antigua, que significa "Santa Maria Antiga");
  • Redonda (Santa María la Redonda, devido à forma da ilha);
  • Nevis (derivado do espanhol Nuestra Señora de las Nieves, porque Colombo pensou que as nuvens sobre o pico de Nevis faziam a ilha parecer uma montanha coberta de neve);
  • São Cristóvão (devido a São Cristóvão, padroeiro de marinheiros e viajantes);
  • Sint Eustatius (devido ao mártir romano St. Eustáquio);
  • Saba (devido a rainha bíblica de Sabá);
  • São Martinho (San Martín);
  • Saint Croix (do espanhol Santa Cruz).

Colombo também avistou a cadeia das Ilhas Virgens, que ele chamou de Islas de Santa Úrsula y las Once Mil Vírgenes (abreviadas, tanto em mapas da época quanto em linguagem comum, para Islas Vírgenes) Ele também nomeou as ilhas da Virgem Gorda, Tortola e Ilha San Pedro.

Um dos primeiros confrontos entre nativos americanos e europeus desde a época dos vikings ocorreu em 14 de novembro quando, em Saint Croix, os homens de Colombo resgataram dois meninos nativos de várias ilhas caraíbas canibais. Os homens de Colombo perseguiram a canoa caraíba, que os encontrou com flechas. Vários europeus ficaram feridos, mas mataram todos os caraíbas e descobriram que os dois meninos haviam sido castrados recentemente por seus captores. Colombo continuou até as Ilhas Virgens e desembarcou em Puerto Rico, que ele chamou de San Juan Bautista em homenagem a São João Batista (um nome que mais tarde foi dado à sua capital San Juan).

Em 22 de novembro, Colombo retornou a Hispaniola, onde pretendia visitar o forte de La Navidad, construído durante sua primeira viagem e localizado na costa norte do Haiti. Colombo encontrou o forte em ruínas, destruído pelos tainos. Entre as ruínas estavam os cadáveres de 11 dos 39 espanhóis que ficaram para trás como os primeiros colonos no Novo Mundo.

Colombo então navegou mais de 100 quilômetros para o leste ao longo da costa norte de Hispaniola, estabelecendo um novo assentamento, que ele chamou de La Isabela, na atual República Dominicana. No entanto, La Isabela provou estar mal localizada e o estabelecimento durou pouco.

Terceira viagem

De acordo com o resumo do diário de Colombo feito por Bartolomé de Las Casas, o objetivo da terceira viagem foi verificar a existência de um continente que o rei João II de Portugal sugeriu que estivesse localizado ao sudoeste das ilhas de Cabo Verde. Segundo informações, o rei João sabia da existência desse continente porque "foram encontradas canoas que saíam da costa da Guiné [África Ocidental] e navegavam para o oeste com mercadorias".

Terceira viagem.

Em 30 de maio de 1498, Colombo partiu com seis navios de Sanlúcar, na Espanha, para sua terceira viagem ao Novo Mundo. Três dos navios se dirigiram diretamente para Hispaniola com suprimentos necessários, enquanto Colombo levou os outros três a explorar o que poderia estar ao sul das ilhas do Caribe que ele já havia visitado, incluindo uma passagem esperada para a Ásia continental.

Colombo levou sua frota para a ilha portuguesa de Porto Santo, terra natal de sua esposa. Ele então navegou para Madeira e passou algum tempo lá com o capitão português João Gonçalves da Camara, antes de navegar para as Ilhas Canárias e Cabo Verde. Ao atravessar o Atlântico, Colombo descobriu que o ângulo entre o Norte, indicado por uma bússola magnética, e o Norte, medido pela posição da estrela polar, mudou com a sua posição (um fenômeno agora conhecido como "variação da bússola"). Mais tarde, ele usaria suas medidas anteriores da variação da bússola para ajustar seu cálculo.

Depois de vários dias em meio à crise no meio do Atlântico, a frota de Colombo recuperou o vento e, perigosamente com pouca água, virou para o norte na direção de Dominica, que Colombo havia visitado em sua viagem anterior. Os navios chegaram ao continente hipotético do rei João, que é a América do Sul, quando avistaram a terra de Trinidad em 31 de julho, aproximando-se do sudeste. A frota navegou ao longo da costa sul e entrou na Boca do Dragão (Canal de Colombo), ancorando perto da rocha do Soldado, onde fizeram contato com um grupo índios em canoas. Colombo então desembarcou em Trinidad no que ele nomeou de Punta del Arenal em 2 de agosto. Depois de reabastecer com comida e água, de 4 a 12 de agosto, Colombo explorou o Golfo de Paria, que separa Trinidad do que é hoje a Venezuela, perto do delta do rio Orinoco. Ele então tocou a América do Sul na Península de Paria.

Explorando o novo continente, Colombo interpretou corretamente a enorme quantidade de água fresca que o Orinoco entregou ao Oceano Atlântico como evidência de que ele havia atingido uma grande massa de terra em vez de outra ilha. Ele também especulou que o novo continente poderia ser a localização do Jardim do Éden bíblico. Ele então navegou para as ilhas de Chacachacare e Margarita. Ele avistou Tobago (que ele chamou de "Bella Forma") e Granada (que ele chamou de "Concepción").

Com problemas de saúde, Colombo voltou a Hispaniola em 19 de agosto, apenas para descobrir que muitos dos colonos espanhóis da nova colônia estavam em rebelião contra seu governo, alegando que Colombo os havia enganado sobre as riquezas supostamente abundantes do Novo Mundo. Vários colonos e marinheiros que retornavam fizeram lobby contra Colombo na corte espanhola, acusando ele e seus irmãos de má administração. Colombo mandou enforcar parte de sua tripulação por desobediência. Ele tinha um interesse econômico na escravização dos nativos hispaniola e, por esse motivo, não estava ansioso para batizá-los, o que atraiu críticas de alguns clérigos. Uma entrada em seu diário de setembro de 1498 diz: "A partir daqui, pode-se enviar, em nome da Santíssima Trindade, quantos escravos puderem ser vendidos..."

Colombo acabou sendo forçado a fazer as pazes com os colonos rebeldes em termos humilhantes. Em 1500, a Coroa o removeu como governador, preso e transportado em correntes para a Espanha. Ele acabou sendo libertado e autorizado a retornar ao Novo Mundo, mas não como governador.

Prisão

Após sua primeira viagem, Colombo foi nomeado vice-rei e governador das Índias sob os termos das Capitulações de Santa Fé. Na prática, isso envolvia principalmente a administração das colônias na ilha de Hispaniola, cuja capital foi estabelecida em Santo Domingo. No final de sua terceira viagem, Colombo estava fisicamente e mentalmente exausto, com o corpo danificado pela artrite e os olhos pela oftalmia. Em outubro de 1499, ele enviou dois navios para a Espanha, pedindo à Corte da Espanha que nomeasse um comissário real para ajudá-lo a governar.

A essa altura, acusações de tirania e incompetência por parte de Colombo também haviam chegado à Corte. O rei Ferdinand e a rainha Isabel responderam removendo Colombo do poder e substituindo-o por Francisco de Bobadilla, um membro da Ordem de Calatrava. Bobadilla, que governou de 1500 até sua morte em uma tempestade em 1502, também foi encarregado pela Corte de investigar as acusações de brutalidade feitas contra Colombo.

Chegando em Santo Domingo enquanto Colombo estava ausente durante as explorações de sua terceira viagem, Bobadilla foi imediatamente recebido com queixas sobre os três irmãos Colombo: Cristovão, Bartolomeo e Diego. Bobadilla relatou à Espanha que Colombo usava tortura e mutilação regularmente para governar a Hispaniola. O relatório de 48 páginas, encontrado em 2006 no arquivo nacional da cidade espanhola de Simancas, contém testemunhos de 23 pessoas, incluindo inimigos e apoiadores de Colombo, sobre o tratamento de assuntos coloniais por Colombo e seus irmãos durante seus sete anos de governo.

Segundo o relatório, Colombo uma vez puniu um homem considerado culpado de roubar milho cortando as orelhas e o nariz e depois vendendo-o como escravo. Os testemunhos registrados no relatório afirmam que Colombo felicitou seu irmão Bartolomeo por "defender a família" quando este ordenou que uma mulher desfilasse nua pelas ruas e depois cortou a língua por sugerir que Colombo nasceu em posição humilde. O documento também descreve como Colombo reprimiu a agitação e a revolta dos nativos: ele primeiro ordenou uma repressão brutal na qual muitos nativos foram mortos e, em seguida, desfilou com seus corpos desmembrados pelas ruas, na tentativa de desencorajar novas rebeliões.

Por causa de sua grave falta de governança, Colombo e seus irmãos foram presos e encarcerados ao retornar à Espanha a partir da terceira viagem. Eles permaneceram na prisão por seis semanas antes do rei Ferdinand ordenar sua libertação. Pouco tempo depois, o rei e a rainha convocaram os irmãos Colombo ao palácio Alhambra, em Granada. Lá, o casal real ouviu os apelos dos irmãos; restaurou sua liberdade e riqueza; e, após muita persuasão, concordou em financiar a quarta viagem de Colombo. Mas a decisão o cago de governador de Colombo foi firme. Doravante Nicolás de Ovando e Cáceres seria o novo governador das Índias Ocidentais.

Quarta viagem

Antes de partir para sua quarta viagem, Colombo escreveu uma carta aos Governadores do Banco de São Jorge, em Gênova, datada em Sevilha, em 2 de abril de 1502. Ele escreveu: "Embora meu corpo esteja aqui, meu coração está sempre perto de vocês".

Colombo fez uma quarta viagem nominalmente em busca do Estreito de Malaca ao Oceano Índico. Acompanhado por seu irmão Bartolomeo e seu filho de 13 anos, Fernand, ele deixou Cádiz em 11 de maio de 1502, com sua capitânia Santa María e os navios Gallega, Vizcaína e Santiago de Palos. Ele navegou para Arzila, na costa marroquina, para resgatar soldados portugueses que ouvira estarem sitiados pelos mouros.

Em 15 de junho, eles desembarcaram em Carbet, na ilha da Martinica. Um furacão estava se formando, então ele continuou, esperando encontrar abrigo em Hispaniola. Ele chegou a Santo Domingo em 29 de junho, mas foi negado o porto, e o novo governador se recusou a ouvir sua previsão de tempestades. Em vez disso, enquanto os navios de Colombo se abrigavam na foz do Rio Jaina, a primeira frota espanhola de tesouros navegava no furacão. Os navios de Colombo sobreviveram com apenas pequenos danos, enquanto 29 dos 30 navios da frota do governador foram perdidos por uma tempestade em 1º de julho. Além dos navios, 500 vidas (incluindo a do novo governador Francisco de Bobadilla) e uma imensa carga de ouro foi entregue ao mar.

Após uma breve parada na Jamaica, Colombo navegou para a América Central, chegando a Guanaja (Isla de Pinos), nas Ilhas da Baía, na costa de Honduras, em 30 de julho. Aqui Bartolomeo encontrou comerciantes nativos e uma grande canoa, descrita como sendo "longa como uma galé" e cheia de carga. Em 14 de agosto, ele desembarcou no continente, na terra firme, em Puerto Castilla, perto de Trujillo, Honduras. Ele passou dois meses explorando as costas de Honduras, Nicarágua e Cuesta Rica, antes de chegar à Baía de Almirante, no Panamá, em 16 de outubro.

Em 5 de dezembro de 1502, Colombo e sua tripulação se viram em uma tempestade como nunca experimentaram. Em seu diário, Colombo escreve:

"Por nove dias, fiquei como um perdido, sem esperança de vida. Os olhos nunca contemplavam o mar com tanta raiva, tão alto, tão coberto de espuma. O vento não apenas impediu nosso progresso, mas também não ofereceu oportunidade de correr atrás de qualquer promontório em busca de abrigo; por isso fomos forçados a ficar de fora neste oceano sangrento, fervendo como uma panela em fogo quente. O céu nunca pareceu mais terrível; por um dia e noite inteiros, resplandeceu como uma fornalha, e os raios romperam com tanta violência que, a cada vez, eu me perguntava se teria levado meus mastros e minhas velas; os raios vieram com tanta fúria e pavor que todos pensamos que o navio seria explodido. Todo esse tempo a água nunca deixou de cair do céu; Não digo que choveu, pois foi como outro dilúvio. Os homens estavam tão cansados ​​que ansiavam pela morte para acabar com seu terrível sofrimento."

No Panamá, Colombo soube com os Ngobes de ouro e um estreito para outro oceano, mas o líder local Quibían disse a ele para não passar por um determinado ponto no rio. Depois de muita exploração, em janeiro de 1503, ele estabeleceu uma guarnição na foz do rio Belén. Em 6 de abril, um dos navios ficou preso no rio. Ao mesmo tempo, a guarnição foi atacada por Quibían e os outros navios foram danificados. Os teredos também danificaram os navios em águas tropicais.

Colombo partiu para Hispaniola em 16 de abril, rumo ao norte. Em 10 de maio, ele avistou as Ilhas Cayman, chamando-as de "Las Tortugas", em homenagem às numerosas tartarugas marinhas. Em seguida, seus navios sofreram mais danos em uma tempestade na costa de Cuba. Incapaz de viajar mais longe, em 25 de junho de 1503 eles encalharam na Baía de St. Ann, na Jamaica.

Durante um ano, Colombo e seus homens permaneceram presos na Jamaica. Um espanhol, Diego Méndez, e alguns nativos, remaram em uma canoa para obter ajuda de Hispaniola. O novo governador, Nicolás de Ovando e Cáceres, detestava Colombo e obstruiu todos os esforços para resgatá-lo e a seus homens. Enquanto isso, Colombo, em um esforço desesperado para induzir os nativos a continuarem provisionando ele e seus homens famintos, ganhou seu favor ao prever um eclipse lunar para 29 de fevereiro de 1504, usando os mapas astronômicos de Abraham Zacuto.


Colombo impressiona os nativos jamaicanos ao prever o eclipse lunar de 1504.


Finalmente chegou a ajuda, não graças ao governador, em 29 de junho de 1504, e Colombo e seus homens chegaram a Sanlúcar, Espanha, em 7 de novembro.

Mais Tarde na Vida

Colombo sempre reivindicou a conversão de não-crentes como uma razão para suas explorações, mas ele se tornou cada vez mais religioso nos últimos anos. Provavelmente, com a ajuda de seu filho Diego e seu amigo, o monge cartuxo Gaspar Gorricio, Colombo produziu dois livros em seus últimos anos: um Livro de Privilégios (1502), detalhando e documentando as recompensas da Coroa Espanhola para a qual ele acreditava que os herdeiros tinham direito e um Livro de Profecias (1505), no qual ele considerava suas realizações como um explorador, mas um cumprimento da profecia bíblica no contexto da escatologia cristã.

Nos seus últimos anos, Colombo exigiu que a Coroa Espanhola lhe desse 10% de todos os lucros obtidos nas novas terras, conforme estipulado nas Capitulações de Santa Fé. Por ter sido dispensado de seus deveres como governador, a coroa não se sentiu obrigada por esse contrato e suas exigências foram rejeitadas. Após sua morte, seus herdeiros processaram a Coroa por uma parte dos lucros do comércio com a América, além de outras recompensas. Isso levou a uma prolongada série de disputas legais conhecidas como pleitos colombinos.

Morte

Durante uma tempestade violenta em sua primeira viagem de volta, Colombo, então com 41 anos, sofreu um ataque do que se acreditava ser gota. Nos anos seguintes, ele foi atormentado pelo que se pensava ser influenza e outras febres, sangrando pelos olhos, cegueira temporária e ataques prolongados de gota. Os ataques aumentaram em duração e gravidade, às vezes deixando Colombo de cama por meses seguidos e culminando em sua morte 14 anos depois. Em 20 de maio de 1506, com provavelmente 54 anos, Colombo morreu em Valladolid, na Espanha.

A morte de Colombo , litografia de L. Prang & Co., 1893.


Seus restos mortais foram enterrados primeiro em Valladolid, depois no mosteiro de La Cartuja, em Sevilha (sul da Espanha), por vontade de seu filho Diego Colón, que havia sido governador de Hispaniola. Em 1542, os restos mortais foram transferidos para a Colonial Santo Domingo , na atual República Dominicana . Em 1795, quando a França tomou conta de toda a ilha de Hispaniola, os restos de Colombo foram transferidos para Havana, Cuba. Depois que Cuba se tornou independente após a Guerra Hispano-Americana em 1898, os restos foram transferidos de volta para a Espanha, para a Catedral de Sevilha, onde eles foram colocados em um catafalco elaborado.

Túmulo na Catedral de Sevilha. Os restos são suportados pelos reis de Castela, Leão, Aragão e Navarra.

No entanto, uma caixa de chumbo com uma inscrição identificando "Don Cristobal Colón" e contendo fragmentos ósseos e uma bala foi descoberta em Santo Domingo em 1877. Esses ossos foram considerados legítimos pelo médico e pelo futuro Secretário de Estado Assistente dos Estados Unidos John Eugene Osborne, que sugeriu, em 1913, que os restos mortais fossem colocados em um navio de guerra e viajasse pelo Canal do Panamá como parte de sua cerimônia de abertura. Por fim, foi decidido não fazê-lo.

Para descansar as alegações de que as relíquias erradas foram transferidas para Havana e de que os restos mortais de Colombo foram enterrados na Catedral de Santo Domingo , foram coletadas amostras de DNA do cadáver que descansava em Sevilha em junho de 2003 ( History Today August 2003) como outras amostras de DNA dos restos mortais de seu irmão Diego e do filho mais novo Fernando Colón . As observações iniciais sugeriram que os ossos não pareciam pertencer a alguém com o corpo ou a idade de morte associada a Colombo. A extração de DNA mostrou-se difícil; apenas fragmentos curtos de DNA mitocondrial poderia ser isolado. Os fragmentos de DNA mitocondrial combinavam com o DNA correspondente do irmão de Colombo, dando apoio ao fato de ambos terem compartilhado a mesma mãe.

Túmulo em Faro a Colón, Santo Domingo Este, República Dominicana.

Tais evidências, juntamente com análises antropológicas e históricas, levaram os pesquisadores a concluir que os restos encontrados em Sevilha pertenciam a Cristóvão Colombo. As autoridades de Santo Domingo nunca permitiram que os restos mortais fossem exumados, por isso não se sabe se algum desses restos também poderia pertencer ao corpo de Colombo. Os restos dominicanos estão localizados em Faro a Colón) (Farol para Colombo), em Santo Domingo.

Aparência física

Embora exista uma abundância de obras de arte envolvendo Cristóvão Colombo, nenhum retrato contemporâneo autêntico do tempo dele foi encontrado. James W. Loewen, autor de Lies My Teacher Told Me (Mentiras Que Meu Professor me Contou), acredita que os vários retratos póstumos não têm valor histórico.

Em algum momento entre 1531 e 1536, Alejo Fernández pintou um retábulo, A Virgem dos Navegadores, que inclui uma representação de Colombo. A pintura foi encomendada para uma capela na Casa de Contratación de Sevilha e permanece lá, como a primeira pintura conhecida sobre as viagens de Colombo.

Colombo na "A Virgem dos Navegadores", 1531–36.

Na Exposição Colombiana Mundial de 1893, 71 supostos retratos de Colombo foram exibidos. A maioria não correspondia às descrições contemporâneas do tempo dele. Esses escritos o descrevem como tendo cabelos loiros ou avermelhados, que se tornaram brancos no início de sua vida, olhos claros, e também uma pessoa de pele mais clara e com muita exposição ao sol, deixando o rosto vermelho. Os relatos descrevem consistentemente Colombo como um homem grande e fisicamente forte, com 1,83 metro ou mais de altura.

A imagem mais icônica de Colombo é um retrato de Sebastiano del Piombo, que foi reproduzido em muitos livros didáticos.

Retrato de um Homem, Dito ser Cristovão Colombo, 1519.

O retrato concorda com as descrições de Colombo, na medida em que mostra um homem grande com cabelos ruivos, mas a pintura data de 1519 e, portanto, não pode ter sido pintada durante a vida de Colombo. Além disso, a inscrição que identificou o sujeito como Colombo provavelmente foi adicionada mais tarde, e o rosto mostrado difere de outras imagens, incluindo a da "Virgem dos Navegantes".

Cartas de Colombo

  1. Capitulações de Santa Fé (Leia aqui)
  2. Carta a Luis de Santángel [Primeira Carta] (Leia aqui)

Fontes

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https://en.wikipedia.org/wiki/Christopher_Columbus
https://it.wikipedia.org/wiki/Cristoforo_Colombo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paolo_dal_Pozzo_Toscanelli
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