A morte (Leto) e Miser.
Mors (Morte) também conhecido como Leto (em latim: Letus/Letum) é a personificação da morte na mitologia romana. Comumente confundido com Orcus (Vingança e Justiça), Dis Pater (Riqueza) ou Plutão (mundo inferior), Leto é uma divindade cultuada e temida desde antes da interação dos romanos com a cultura helênica no século II a.C. Mas, através desta, foi considerado irmão gêmeo de Somnus (Sono), assim como são os deuses gregos Tânato e Hipnos. É dito que ele morava em uma caverna encontrada por seu irmão, perto do rio Lete.
Era mais temido do que venerado, sendo aos poucos esquecido com o passar dos séculos cristãos sobre Roma. Sua figura de gentil finalizador do sofrimento dos doentes e do ciclo da vida foi pouco relembrada durante o Renascimento, sendo também uma "deidade menor". Ainda assim, era também o deus do falecimento por causas naturais, ou seja, a boa morte.
Mors é descendente de Nox (Noite) e irmão da personificação do sono, Somnus. Ele é freqüentemente conectado a Marte, o deus romano da guerra; Plutão, o deus do submundo; e Orcus, deus da morte e punidor de perjuros. Ele também não está imune a ser enganado ou resistido.
Em uma história, Hércules lutou com Mors para salvar a esposa de seu amigo. Em outras histórias, Mors é mostrado como um servo de Plutão, terminando a vida de uma pessoa depois que o fio de sua vida é cortado pelas Parcae, e de Mercúrio, mensageiro dos deuses, escoltando a alma, ou sombra, da pessoa morta, até o portão do submundo.
Em todos os contextos mitológicos, filosóficos ou satíricos nos quais a personificação romana da morte apareceu, ela foi apresentada apenas para mostrar a morte como um fenômeno, e nunca para fins religiosos. Ela também raramente era associada a outras divindades romana. Mors não teve nenhum papel na religião romana; nunca apareceu em mitos autênticos, cultos ou crenças populares.
Descrição
O substantivo latino para "morte", mors, genitiva mortis, é do gênero feminino, mas a arte romana antiga sobrevivente não é conhecida por representar a morte como uma mulher. Os poetas latinos, no entanto, são limitados pelo gênero gramatical da palavra. Horácio escreve sobre pallida Mors (Morte pálida), que abre caminho para as choupanas dos pobres e para as torres dos reis igualmente. Sêneca, para quem Mors também é pálida, descreve seus "dentes ansiosos". Tibullus retrata Mors como preto ou escuro. Na peça, ele geralmente é retratado como um jovem com asas negras em seus braços (simbolizando a morte), com a tocha extinta e invertida na mão (simbolizando a morte), acompanhado por Somnus.
Mors é frequentemente representado alegoricamente na literatura e arte ocidentais posteriores, particularmente durante a Idade Média. As representações da crucificação de Cristo às vezes mostram Mors de pé ao pé da cruz. A antítese de Mors é personificada como Vita (Vida).
Letus não era um deus vingativo. Ele sempre trazia a morte em paz e também acompanhava a alma aos portões do submundo.
Histórico
Sua presença na mitologia romana é confirmada, entre outros, no título do romance atellano, "Mortis ac Vitae iudicium", e na sátira de Ennius "Mors ac Vita", assim como em muitos outros poetas e através de inscrições na lápide.
Existem vários tipos principais de personificar a morte na poesia: como causa da morte, como uma transição da vida para a morte, como um estado/quietude.
Fonte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Leto_(mitologia)
https://it.wikipedia.org/wiki/Mors_(mitologia)
https://en.wikipedia.org/wiki/Mors_(mythology)
https://cryptidsguide.com/letus-roman-god/
https://www.imperiumromanum.edu.pl/en/roman-religion/gods-of-ancient-rome/list-of-roman-gods/mors/
Referências
- Karl Siegfried Guthke, The Gender of Death: A Cultural History in Art and Literature (Cambridge University Press, 1999), p. 24 et passim.
- Remigius of Auxerre, In Martianum 36.7: "Mars is called so as if mors (death)," as cited by Jane Chance, Medieval Mythography: From Roman North Africa to the School of Chartres, A.D. 433–1177 (University Press of Florida, 1994), p. 578, note 70. The etymology-by-association of Remigius should be distinguished from scientific linguistics.
- Handbook of Latin Synonymes by Ludwig von Doderlein, 1858, pg. 142
- Diana Burton, "The Gender of Death," in Personification in the Greek World (Ashgate, 2005), pp. 57–58.
- Horace, Carmina 1.4.14–15.
- Avidis … dentibus: Seneca, Hercules Furens 555.
- Tibullus 1.3.3.
- Guthke, The Gender of Death, pp. 24, 41, et passim.
- Guthke, The Gender of Death, pp. 45–46.
- Kempiński Andrzej, Encyklopedia mitologii ludów indoeuropejskich, Warszawa 2001
- Schmidt Joël, Słownik mitologii greckiej i rzymskiej, Katowice 1996
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